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Exportação cereais/Mar Negro

Rússia regressa ao acordo de exportação de cereais no Mar Negro

A Rússia confirmou esta quarta-feira, 02 de Novembro, que iria retomar a sua participação no acordo de exportação de cereais ucranianos, no Mar Negro. As negociações foram mediadas pela ONU e também pela Turquia.

Vladimir Putin, Presidente da Rússia.
Vladimir Putin, Presidente da Rússia. AP - Sergei Ilyin
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Menos de uma semana após ter abandonado o acordo que permitia que a Ucrânia exportasse cereais, a Rússia fez marcha-atrás.

Esta decisão acontece depois do telefonema entre o Presidente russo, Vladimir Putin, e o homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan e de vários contactos entre os ministros dos dois países.

O ministério da Defesa russo disse ter recebido garantias escritas por parte da Ucrânia sobre a “não utilização dos corredores humanitários e dos portos ucranianos para operações militares contra a Federação Russa”.

Este entendimento foi obtido, segundo Moscovo, graças aos esforços de mediação levados a cabo pela ONU e pela Turquia, algo que também foi reconhecido pelo Presidente ucraniano.

No seu discurso habitual à nação e também na rede social Twitter, Volodymyr Zelensky agradeceu a “participação activa” de Erdogan na preservação do acordo e voltou a acusar a Rússia de ser uma ameça à segurança alimentar mundial.

 

A suspensão do acordo por parte da Rússia tinha sido tornada pública no sábado passado, em resposta a alegados ataques ucranianos contra estruturas russas na Crimeia.

"À luz do ato terrorista levado a cabo pelo regime de Kiev com a participação de peritos britânicos contra navios da frota do Mar Negro e navios civis envolvidos na segurança dos corredores de cereais, a Rússia suspende a sua participação na implementação do acordo sobre a exportação de produtos agrícolas a partir de portos ucranianos", referiu o Ministério da Defesa russo no Telegram, no passado fim de semana.

EUA aplaudem decisão e apelam ao prolongamento do acordo

Os Estados Unidos da América já aplaudiram, esta quarta-feira, a decisão da Rússia, na voz do porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Ned Price.

O responsável americano diz que é importante que o acordo seja "não só reposto em andamento", como também prolongado ainda este mês. O acordo termina a 19 de Novembro.

"Isso acabará por trazer ainda mais estabilidade ao mercado e, sobretudo, exercerá pressão para baixar os preços", assegurou.

O Kremlin já reagiu, esta quinta-feira, sobre o referido prolongamento e não deu quaiquer garantias sobre o assunto.

"A Rússia ainda não decidiu se vai ou não apoiar uma extensão do acordo de cereais ucranianos, que expira em pouco mais de duas semanas", salientou o Kremlin, referindo querer primeiramente "avaliar quais são os impactos", de acordo com a AFP.

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