Portugal: Web summit arranca em Lisboa
Arranca nesta terça-feira em Lisboa a Websummit, grande evento da tecnologia digital, na presença de figuras políticas, como o presidente timorense Ramos Horta, mas sobretudo económicas e dos sectores de ponta, as chamadas "start ups", na primeira edição pós pandemia.
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Portugal acolhe o acontecimento desde 2016, o contrato prevê que ali se mantenha até 2028.
O evento nasceu na Irlanda, antes de se exportar para Lisboa, em Portugal, Rio de Janeiro, Toronto e Hong Kong.
Nesta edição de 2022 participam, nomeadamente, António Costa, primeiro-ministro português, mas também o presidente da câmara municipal de Lisboa, Carlos Moedas.
Esta sétima edição decorre ao longo de quatro dias e deve acolher 70 mil pessoas na Altice Arena e na FIL, Feira internacional de Lisboa.
Segundo Paddy Cosgrave, citado pelo diário português Público, a guerra na Ucrânia "será um tema dominante", ele que promete continuar a manifestar o seu apoio ao povo ucraniano devido à invasão russa desde Fevereiro deste ano.
A Portugal, para além da Web Summit, têm afluído também muitos nómadas digitais, com incentivos fiscais e vencimentos muito superiores aos nacionais.
Situação denunciada por Pedro Filipe Soares, líder da bancada parlamentar do Bloco de esquerda, na oposição.
"Não somos contra o avanço tecnológico. Não somos contra que Portugal se modernize para acompanhar o avanço tecnológico. Tudo o que vier nesse caminho é positivo. Mas tem que ser acompanhado por políticas que o promovam a igualdade, que combatam a pobreza e que garantam que a criação de competências é feita de uma forma estrutural na sociedade portuguesa.
E não com regimes para alguns quantos endinheirados que, depois, tem como consequência perda de receita fiscal do Estado, que falta para políticas públicas tão essenciais com o acesso à habitação, o acesso à saúde, como o acesso à educação.
E que provocam alterações no mercado tão estruturantes como o que nós vemos agora com as questões da inflação !
Porque a inflação tem um problema que advém da guerra [na Ucrânia], mas também tem uma parte do problema que resulta de bens essenciais, no caso português como a energia, mas também com o acesso ao mercado da habitação estarem cada vez mais inflacionados por poderes de compra que não são aqueles reais do espaço nacional.
E tudo isto soma para que as oportunidades económicas, para que o desenvolvimento económico não esteja a resultar como deveria resultar para benefício geral do povo português."
Pedro Filipe Soares, 1/11/2022
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