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Ucrânia

Kremlin acusa Kiev de se ter retirado das negociações de paz "por ordem" dos EUA

O Kremlin acusou hoje a Ucrânia de se ter retirado das negociações de paz que estavam a decorrer no passado mês de Março "por ordem" dos Estados Unidos, numa altura em que, segundo o porta-voz da presidência, Dmitry Peskov, "as partes tinham chegado a um equilíbrio muito muito difícil".

Porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. © AFP
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"O texto estava pronto. E de repente, o lado ucraniano desapareceu dos radares e declarou que não queria mais continuar as negociações", declarou o porta-voz do Kremlin, acrescentando que para o Presidente russo ficou "óbvio" que "esta rejeição dos acordos já estabelecidos aconteceu claramente por ordem de Washington".

Reagindo às declarações do Presidente guineense que ontem em Kiev, no âmbito da sua digressão na Rússia e na Ucrânia na qualidade de Presidente em exercício da CEDEAO, afirmou que "Putin estava disposto a negociar com o Presidente Zelensky", o porta-voz da presidência russa assegurou que o seu país "está disposto a garantir os seus interesses na mesa das conversações".

Ainda no aspecto político, em Moscovo, os parlamentares votaram em primeira leitura uma radicalização de uma controversa lei reprimindo a "propaganda LGBT", uma decisão apresentada como uma outra vertente da luta contra a "decadência" e até mesmo o "satanismo" denunciado por Putin ao referir-se aos países ocidentais. 

Por outro lado, os deputados russos aprovaram igualmente hoje emendas a uma lei autorizando a mobilização de antigos presos condenados por crimes graves. Ao abrigo deste novo texto, eles poderão doravante ser enviados para combater na Ucrânia.

Entretanto no terreno, na região de Zaporijia, onde se situa a maior central nuclear da Europa, as forças russas anunciaram esta quinta-feira que passam a controlar os telefones dos habitantes desta zona anexada por Moscovo e onde vigora a lei marcial.

A zona de Zaporijia deveria estar no centro de uma reunião hoje do Conselho de Segurança da ONU. Esta região sob controlo russo desde o início da guerra em Fevereiro, tem sido incessantemente alvo de bombardeamentos, com Kiev e Moscovo a acusarem-se mutuamente de abrir fogo.

Na reunião desta quinta-feira na qual vai designadamente participar Rafael Grossi, director geral da agência internacional da energia atómica, este último confirmou que tenciona pedir a criação de uma zona de segurança em volta da central nuclear.

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