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Ataque/Irão

Irão: Ataque do Estado Islâmico faz pelo menos 15 mortos

No Irão, pelo menos 15 pessoas morreram e várias ficaram feridas na sequência de um ataque do Estado Islâmico num santuário xiita, na cidade de Shiraz, no sul do país.

Uma fotografia do interior do santuário de Shahcheragh após o ataque reivindicado pelo EI que matou pelo menos 15 pessoas. 26 de Outubro de 2022.
Uma fotografia do interior do santuário de Shahcheragh após o ataque reivindicado pelo EI que matou pelo menos 15 pessoas. 26 de Outubro de 2022. AP - Mohammadreza Dehdari
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O atentado aconteceu na noite desta quarta-feira, numa altura em que dezenas de pessoas se encontravam no santuário Shahcheragh, um dos locais mais sagrados do Irão.

Os fieis costumam deslocar-se a este santuário às quartas-feiras para cumprir a tradição local e foi exatamente durante um dos períodos mais movimentados do dia que um homem abriu fogo dentro deste espaço religioso, de acordo com agência de notícias oficial iraniana (IRNA). Já a Aljazeera fala em três atacantes.

De acordo com as autoridades iranianas, pelo menos 15 pessoas morreram e 40 ficaram feridas, no entanto, o balanço final de vítimas pode ser muito superior. O atentado já foi reinvindicado pelo Estado Islâmico.

O Presidente iraniano, Ebrahim Raissi, garantiu que este ataque não ficará sem resposta e que os autores deste atentado se irão arrepender.

"Este acto não ficará certamente sem resposta. As forças de segurança e de aplicação da lei do país, depois de identificarem as causas profundas deste crime hediondo, darão uma resposta decisiva aos seus arquitectos e agentes", o que os "fará lamentar os seus actos", disse o chefe de Estado iraniano, na quarta-feira à noite.

Irão anuncia sanções contra instituições europeias

Também ontem à noite, o Irão anunciou sanções contra instituições, indivíduos e meios de comunicação sociais europeus, incluindo a RFI Persa.

Um jornalista da redação Persa da RFI já reagiu a esta decisão. "Estas sanções não terão qualquer efeito no nosso trabalho", começou por garantir.

A RFI Persa "não tem um correspondente no Irão há mais de vinte anos, nem tem acreditação para missões no país desde 2009", disse o jornalista, relatando que "nenhum funcionário do governo concorda em falar com os membros da RFI ao telefone e figuras da sociedade civil que estão dispostas a responder às nossas perguntas arriscam-se a ser processadas".

Esta decisão é uma resposta do Irão às medidas punitivas impostas pela UE contra líderes iranianos acusados de reprimir os protestos após a morte de Mahsa Amini. A jovem, recorde-se, foi morta pela 'Polícia da Moralidade' a 16 de Setembro por não estar a usar corretamente o véu.

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. AP - Cliff Owen

Desde então, milhares de pessoas decidiram sair às ruas para protestar contra o uso do hijab no país. Esta quarta-feira assinalou-se o período de fim do luto, que voltou a ser marcado por confrontos entre manifestantes e a polícia.

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