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Turquia

Presidente turco vai encontrar-se com o primeiro-ministro sueco para desbloquear a adesão da Suécia à NATO

O presidente turco Erdogan confirmou que se vai encontrar com o novo primeiro-ministro sueco para tentar desbloquear a ratificação da adesão da Suécia à NATO.

Recep Tayyip Erdogan, presidente turco.
Recep Tayyip Erdogan, presidente turco. © AP
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Recep Tayyip Erdogan confirmou esta semana que se irá encontrar com o novo primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, para discutir o levantamento da oposição turca à adesão da Suécia à NATO.

A Turquia e a Hungria são os únicos dois membros da NATO que ainda não ratificaram o acordo de adesão da Suécia e da Finlândia à Aliança Atlântica, acordado na última cimeira da NATO, em Madrid em Junho passado, mas que tem de ser confirmado pelos parlamentos dos 30 países membros.

Ancara tem dito que a Suécia em particular ainda não cumpriu o que foi acordado num memorando conjunto assinado pelos dois países escandinavos e a Turquia, e sem isso o parlamento de Ancara não aprovará a adesão.

Erdogan tem acusado a Suécia de não extraditar nenhum dos 73 alegados terroristas procurados pelas autoridades turcas, e que vivem na Suécia, e de permitir que organizações “terroristas se passeiem e manifestem nas ruas da capital sueca” - uma referência a militantes e ativistas curdos. A Suécia alberga uma importante comunidade curda, incluindo milhares de indivíduos que beneficiaram de asilo político no país, fugidos da repressão das autoridades turcas contra ativistas e políticos curdos.

Um dos problemas é que a janela de oportunidade para o parlamento de Ancara votar o acordo de adesão é cada vez mais curta - o hemiciclo turco encerrará os seus trabalhos no início do próximo ano devido às próximas eleições legislativas e presidenciais, que decorrerão em junho.

O novo primeiro-ministro sueco, que tomou posse no início da semana passada, depois da direita ter ganho as eleições legislativas na Suécia no passado mês de setembro, disse que iria redobrar os esforços para implementar o memorando assinado com a Turquia. Kristersson defende um reforço da segurança no país.

No início do mês Estocolmo tinha já enviado uma carta para Ancara dizendo que já tinha tomado ações concretaspara cumprir aquilo que a Turquia exige, incluindo mais restrições às actividades de militantes do PKK - Partido dos Trabalhadores do Curdistão, separatista curdo, considerado uma organização terrorista pela NATO - no país. Agora Kristersson diz-se empenhado em resolver a questão.

José Pedro Tavares, em Ancara, tem mais informação.

 

01:35

Correspondência da Turquia 23-10-2022

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