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Ucrânia

Zelensky pede mais ajuda ao G7 que promete "pedir contas a Vladimir Putin"

O G7, grupo das 7 potências mais industrializadas do mundo, marcou uma reunião de urgência para abordar os últimos bombardeamentos massivos russos, na sequência da explosão altamente simbólica ocorrida no sábado sobre a ponte ligando a Rússia à península da Crimeia, no sul da Ucrânia, território controlado por Moscovo desde 2014. No âmbito deste encontro virtual no qual participa o presidente ucraniano, este último pediu mais ajuda militar e mais sanções contra Moscovo.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, enquanto se dirigia aos seus parceiros do G7 neste dia 11 de Outubro de 2022.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, enquanto se dirigia aos seus parceiros do G7 neste dia 11 de Outubro de 2022. © RFI
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"Peço que consolidem o esforço geral para ajudar financeiramente a criar um escudo aéreo para a Ucrânia. Milhões de pessoas serão gratas ao G7 por esta assistência", declarou Zelensky ao considerar que "o Presidente russo está a chegar ao fim do seu reinado" mas que ele "ainda tem forma de operar uma escalada".

O chefe de Estado ucraniano acusou nomeadamente Moscovo de "pretender arrastar a Bielorrússia para a guerra", referindo-se ao anúncio ontem pelo seu homólogo de Minsk de que iria participar numa força conjunta com a Rússia. Uma decisão perante a qual Zelensky reclamou uma missão de observação internacional na fronteira do seu país com a Bielorrússia.

Em resposta, os países do G7 reiteraram o seu apelo para que a Bielorrússia pare de deixar as forças russas utilizar o seu território no esforço de guerra, os dirigentes do grupo tendo igualmente prometido "pedir contas ao Presidente Vladimir Putin" pelos bombardeamentos massivos contra a Ucrânia nestes dois últimos dias, na sequência da explosão que danificou no sábado a ponte que liga a Rússia à Crimeia. Um acontecimento que levou Vladimir Putin a operar uma viragem.

Para além de nomear para as suas chefias militares veteranos do conflito sírio onde o seu país teve um papel preponderante na defesa do regime de Bachar el Assad, o Presidente russo decidiu alargar o espectro de acção das suas forças, bombardeando desde ontem não só posições no sul e no leste da Ucrânia, mas também alvos civis em Kiev na capital, bem como noutros pontos do país.

Esta estratégia qualificada hoje pelo secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, como sendo um "sinal de fraqueza" causou em dois dias pelo menos 19 mortos e 105 feridos, mas provocou igualmente sérios danos materiais, nomeadamente nas infra-estruturas eléctricas do país. Segundo as autoridades ucranianas, várias centenas de localidades do país estão actualmente sem electricidade, ao ponto que o governo apelou a população a limitar o seu consumo de electricidade, numa altura em que se está a tentar repor o fornecimento de energia.

Entretanto, dois dias antes de um encontro com Vladimir Putin agendado para esta quinta-feira em Astana, no Cazaquistão, o Presidente turco que tem desempenhado o papel de mediador entre a Rússia e a Ucrânia, apelou ambas as partes a uma trégua.

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