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Guerra na Ucrânia

Ponte que liga Rússia à Crimeia atacada e nova vala comum descoberta na Ucrânia

A ponte que liga a Rússia à Crimeia, uma infra-estrutura emblemática para Moscovo, foi atacada esta noite com um camião cisterna a explodir e a afectar a circulação de carros e comboios. O Kremlin diz que se trata de um ataque terrorista, enquanto Kiev ironiza sobre a explosão. Em Lyman, as autoridades ucranianas dizem ter encontrado mais valas comuns.

Ponte que liga a Rússia à Crimeia foi alvo de ataque com explosão que danificou a comunicação entre os dois lados.
Ponte que liga a Rússia à Crimeia foi alvo de ataque com explosão que danificou a comunicação entre os dois lados. REUTERS/Pavel Rebrov
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Mais do que uma infraestrutura que serve para ligar dois lugares, a ponte que liga a Rússia à Crimeia tem um peso político importante já que cimentou a anexação da Crimeia pela Rússia, sendo a maior ponte da Europa, com uma extensão de 19 quilómetros. Começou a ser pensada logo em 2014, aquando a anexação deste território, a construção iniciou-se em 2016 e foi inaugurada em 2018 por Vladimir Putin. Ao todo, esta ponte teve um custo de 3,7 mil milhões de dólares e em 2020 cerca de 36 mil carros a atravessaram.

Sendo vista como um símbolo do poder russo na Ucrânia, o ataque desta noite, com um camião cisterna a explodir num dos tabuleiros da ponte causando grandes estragos que afetam a passagem de veículos ligeiros e pesados, mas também a passagem de comboios que circulam nesta infraestrutura, vem perturbar o regime de Moscovo. O ataque terá feito três mortos.

Para já, o ataque não foi reivindicado, com as autoridades ucranianas a fazerem apenas troça dos rivais russos e a ironizarem sobre os estragos causados.

Já Moscovo anunciou esta manhã que vai começar uma investigação sobre as causas desta explosão, acusando o regime ucraniano de não ter qualquer problema em atingir uma infraestrutura civil, mostrando assim a sua "natureza terrorista", segundo a porta-voz do Kremlin, Maria Zakharova, citada pelas agências de notícias russas.

No Nordeste da Ucrânia, a polícia relatou ter encontrado mais provas de crimes contra a humanidade perpetrados por soldados russos, com a descoberta de 20 “câmaras de tortura", assim como duas valas comuns em Lyman, onde estariam mais de 180 corpos de civis. Os corpos estão a ser exumados, de forma a ser levada a cabo uma investigação sobre as causas de morte destas pessoas.

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