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Rússia/Ucrânia

Rússia: Dez anos de prisão para quem recusar combater

O Presidente Vladimir Putin assinou este sábado, 24 de Setembro, um decreto que prevê uma pena de prisão - até dez anos- para todos os militares que desertarem ou recusarem combater ao lado do exército russo na Ucrânia. 

Vladimir Putin, chefe de Estado russo.
Vladimir Putin, chefe de Estado russo. AP - Sergei Bobylev
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O decreto surge poucos dias depois do anuncio de mobilização de 300 mil reservistas para reforçar a ofensiva na Ucrânia. A decisão levou muitos russos a fugir do país e provocou várias manifestações na capital.

O decreto assinado este sábado pelo Presidente russo prevê uma pena de prisão - até dez anos- para todos os militares que desertarem ou recusarem combater ao lado do exército russo na Ucrânia

Ainda de acordo com o Kremlin, Vladimir Putin aprovou uma lei que facilita o acesso à nacionalidade russa para todos os estrangeiros que queiram combater, por um período de pelo menos um ano, ao lado do exército russo.

Em comunicado, o ministério da Defesa informou que o vice-ministro da Defesa russo, o general do Exército Dmitri Bulgákov, responsável pelo abastecimento e munições, foi demitido do cargo.

Para o cargo foi designado o general coronel Mijaíl Mizíntsev, que até agora desempenhava funções como chefe do Centro de Comando Nacional da Defesa.

O novo vice-ministro da Defesa, com 60 anos, comandou operações do Exército russo na Síria e dirigiu o assalto que em maio terminou com a captura da cidade de Mariupol.

Entretanto, os referendos de anexação, que começaram na sexta-feira, continuam no sábado e terminam na terça-feira, 27 de Setembro, nas regiões separatistas de Donetsk, Luhansk e nas áreas sob ocupação russa nas regiões de Kherson e Zaporizhia.

O Presidente norte-americano, Joe Biden, avisou que os Estados Unidos "trabalharão com os aliados e parceiros para impor sanções económicas adicionais rápidas e severas à Rússia", se Moscovo anexar territórios na Ucrânia.

Ontem à noite, no seu discurso diário à nação, o Presidente ucraniano também denunciou estes referendos. Volodymyr Zelensky disse estar convencido de que "o mundo reagirá com a maior justiça aos pseudo-referendos" e que estes "serão inequivocamente condenados".

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