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Quirguistão

Em conflito, Quirguistão e Tajiquistão entreacusam-se de violar o cessar-fogo

Pouco depois do anúncio hoje de um cessar-fogo entre os dois países, tanto o Quirguistão como o vizinho Tajiquistão, têm estado a acusar-se mutuamente de desrespeitar o calar das armas. Nestes últimos dias, tem vindo a aumentar a tensão vigente há largos anos entre os dois países em torno da delimitação da sua fronteira comum que se estende sobre praticamente mil quilómetros.

Voluntários concentraram-se esta sexta-feira 16 de Setembro junto do palácio do governo na capital do Quirguistão para exigir o seu envio para a zona de conflito.
Voluntários concentraram-se esta sexta-feira 16 de Setembro junto do palácio do governo na capital do Quirguistão para exigir o seu envio para a zona de conflito. AP - Vladimir Voronin
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Palco de incidentes constantes mas de fraca intensidade até agora, a zona que faz fronteira entre estes dois países pertencentes ao antigo bloco de leste, está actualmente a transpor um novo patamar.

Nestes últimos dois dias, localidades do Quirguistão junto à fronteira com o país vizinho foram alvo de ataques com um balanço oficial de pelo menos 3 mortos, sendo que hoje, de acordo com as autoridades daquele país, estão a desenrolar-se "intensos e violentos confrontos" naquela região.

Apesar dos chefes de Estado de ambos os países terem feito esta sexta-feira um apelo para a retirada das suas respectivas tropas, enquanto o Tajiquistão denuncia provocações do seu vizinho, Bichkek acusa a parte adversa de "bombardear o seu território com todo o arsenal disponível".

O governo do Quirguistão dá nomeadamente conta de bombardeamentos contra a cidade fronteiriça de Batken, no sudoeste do país, com um balanço de pelo menos 31 hospitalizações e pelo menos 4 militares feridos com armas de fogo, segundo as autoridades regionais. A delegação local do crescente vermelho indica, por sua vez, que pelo menos 19 mil habitantes daquela área foram evacuadas por precaução.

Perante esta situação, a Rússia deu conta da sua preocupação perante as violências, o seu ministério dos Negócios Estrangeiros apelando «ambas as partes a tomar medidas exaustivas e urgentes para pôr cobro a qualquer tentativa de escalada».

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