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Reino Unido

Morte de Isabel II: Chegou ao fim mais longo reinado britânico

70 anos foi a duração inédita do reinado de Isabel II no trono britânico. O seu filho Carlos III sucede à mãe que dirigiu os destinos do Reino Unido e de 15 outros Estados, para além da Commonwealth, e que acabou por falecer, serenamente, no seu castelo de Balmoral, na Escócia a 8 de Setembro de 2022.

Isabel II junto a Nelson Mandela no Palácio de Buckingham Palace em Londres a 9 de Julho de 1996.
Isabel II junto a Nelson Mandela no Palácio de Buckingham Palace em Londres a 9 de Julho de 1996. AP
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A rainha Isabel II nasceu a 21 de Abril de 1926, acaba por ser coroada com apenas 25 anos aquando da morte do pai, Jorge VI, em 1952, por o tio, Eduardo VIII, ter previamente abdicado.

Na altura a rainha encontrava-se em visita ao Quénia, ainda uma colónia britânica.

A sua coroação torna-se no primeiro grande acontecimento a ser transmitido pela televisão para o mundo inteiro a 2 de Junho de 1953.

Chefe da igreja anglicana, como o prevê a monarquia britânica, a excepcional longevidade do seu reinado faz com que ela tenha privado com primeiros-ministros, 15 ao todo, desde Winston Churchill até Liz Truss, a quem ela deu posse, ainda esta semana.

Tinha casado em 1947 com um primo afastado, Príncipe da Grécia, Filipe Mountbatten, que faleceu em Abril de 2021.

A sua elegância atravessou as décadas, com momentos nem sempre fáceis como aquando da morte da antiga nora, a Princesa de Gales, Diana, num acidente de carro em Paris, em 1997.

Na altura o seu distanciamento, em plena vaga de emoção que se apoderara de todo o país, tinha sido mal interpretado por muitos sectores da sociedade britânica.

Apesar do seu papel protocolar sempre se investiu plenamente na sua missão de representação da nação.

Desempenhou um papel importante na consolidação da Commonweatlh, organização anglófona, de que também faz parte Moçambique.

Em Novembro de 1961 fez questão em se deslocar ao Gana para evitar a saída da antiga Costa do Ouro da organização.

Ficou célebre no mundo inteiro o facto de a monarca ter, mesmo, dançado com Kwame Nkrumah, chefe de Estado ganês, numa deslocação que veio impedir a retirada de Accra da organização.

Na altura as simpatias pró-soviéticas do regime autoritário de Nkrumah tinham-lhe valido, porém, muitas críticas na imprensa e, mesmo, o alerta de Churchill.

O ano de 2022 marcou o seu jubiléu de platina, sete décadas de reinado, que acaba por se terminar na sua residência preferida, o Castelo de Balmoral, na Escócia a 8 de Setembro.

Tinha empossado a nova primeira-ministra britânica, Liz Truss, dois dias antes.

A monarca tinha uma saúde frágil, ao longo da tarde desta quinta-feira os seus familiares afluíram ao seu castelo escocês preferido. Os médicos tinham avançado com a indicação de que ela estava sob vigilância médica apertada.

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