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França

França: regresso às aulas marcado por falta de professores

Em França, o Ministro da Educação, Pap Ndiaye, deu início à sua primeiro regresso às aulas na sexta-feira (26), sob fortes críticas e o desafio de enfrentar a escassez de cerca de quatro mil professores para o início do novo ano lectivo, e promover reformas estructurais.

Em França, o Ministro da Educação, Pap Ndiaye, deu o pontapé inicial da volta às aulas na sexta-feira (26), sob fortes críticas, e o desafio de enfrentar a escassez de cerca de quatro mil professores para o início do novo ano lectivo.
Em França, o Ministro da Educação, Pap Ndiaye, deu o pontapé inicial da volta às aulas na sexta-feira (26), sob fortes críticas, e o desafio de enfrentar a escassez de cerca de quatro mil professores para o início do novo ano lectivo. AP - Sebastien Nogier
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A menos de dez dias do início do novo ano lectivo em França, e com as preocupações crescentes em torno da falta de professores no país, o Ministro da Educação Pap Ndiaye – de visita a Créteil, no sudeste de Paris – disse estar "confiante" quanto à  regresso às aulas.

Durante o seu discurso, o novo ministro começou por admitir que o “primeiro desafio é assegurar um início bem-sucedido do novo ano lectivo num contexto de dificuldade sem precedentes no recrutamento de professores", apontando para um "problema estrutural da atractividade da profissão de docente" e um desempenho nos concursos de recrutamento que "não é satisfatório".

Pap Ndiaye acrescentou que o seu ministério está “no processo de identificação das necessidades dos professores contractuais" e que continuará "a recorrer a listas complementares". O ministro aproveitou para anunciar um concurso excepcional para a primavera de 2023, para suprir a escassez de professores.

O Sindicato Nacional dos professores protestou contra a decisão de recorrer a professores fora das ditas listas complementares - uma lista composta por candidatos que passaram por um concurso público, mas não puderam ser admitidos por falta de lugares. Segundo este, o ministério só aceita recrutar candidatos em listas complementares para substituir os admitidos que se demitirem, "para não compensar a falta de professores".

Outro pedido é que ao invés de recorrer a este tipo de professores - que segundo o sindicato, não teriam as qualificações necessárias para exercer a função -, o governo recrute os candidatos que não obtiveram uma nota satisfatória no concurso, mas que constam das listas complementares.

Segundo o Ministério da Educação francês, esta categoria de professores contratados representa 1% dos professores no ensino primário e cerca de 8% no ensino secundário.

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