Espanha e Brasil confirmam mortes de pacientes com varíola dos macacos
As primeiras mortes de pessoas infectadas com varíola dos macacos, fora de África, foram anunciadas na sexta-feira, pela Espanha e pelo Brasil. Não obstante, as autoridades de saúde não confirmam se o vírus foi a principal causa destas mortes.
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Com a morte de dois pacientes em Espanha e um no Brasil, o número de mortes registadas em todo o mundo subiu para oito desde Maio, enquanto as cinco primeiras foram comunicadas em África.
Segundo o Ministério da Saúde do Brasil, a vítima de 41 anos sofria de linfoma e de um sistema imunitário enfraquecido que “agravaram a sua condição". Por sua vez, as autoridades de saúde espanholas confirmaram as duas primeiras vítimas mortais no continente europeu, e disseram que somente uma autópsia permitiria estabelecer uma correlação entre o vírus e a morte.
Desde Maio, inúmeros casos de varíola têm sido relatados em todo o mundo.
Na semana passada, a Organização Mundial de Saúde declarou a varíola dos macacos como uma "emergência global" de saúde pública, após serem detectados mais de 18.000 casos em 78 países. O director da organização, Tedros Adhanom, acrescentou ainda que 70% dos casos estão concentrados na Europa e 25% nas Américas.
O vírus da varíola dos macacos – detectado pela primeira vez em seres humanos em 1970 em África – é um membro da mesma família de vírus que a varíola, erradicada em 1980.
De acordo com os especialistas, esta nova variante é menos contagiosa e envolve principalmente, mas não exclusivamente, homens que mantêm relações sexuais com outros homens.
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