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NATO

Turquia opõe-se à entrada da Finlândia e da Suécia na NATO

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse na sexta-feira que o seu país se opõe à entrada da Finlândia e da Suécia na NATO por acolherem o que considera ser "terroristas" do Partido dos Trabalhadores do Curdistão, os separatistas curdos que ainda hoje levam a cabo uma guerrilha na fronteira junto com o Iraque.

Tayyip Erdogan falou na sexta-feira à imprensa sobre a posição da Turquia face à entrada da Finlândia e da Suécia na NATO.
Tayyip Erdogan falou na sexta-feira à imprensa sobre a posição da Turquia face à entrada da Finlândia e da Suécia na NATO. via REUTERS - MURAT CETINMUHURDAR/PPO
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A unanimidade era quase certa para a entrada da Finlândia e da Suécia na Organização do Tratado do Atlântico Norte, a NATO, mas o Presidente Erdogan veio ontem declarar a sua oposição, garantido que à semelhança da Grécia, também estes dois países nórdicos acolhem membros do PKK.

"Os países escandinavos, infelizmente, são quase como casas de hóspedes de organizações terroristas", argumentou o Presidente.

Desde os anos 70 que o PKK é o braço armado dos curdos que têm como ambição a criação do Curdistão, um Estado que reúna este grupo étnico que se distingue por serem muçulmanos sunitas, mas tambem por tradições culturais e língua diferentes. As fronteiras do possível Curdistão tocam países como a Turquia, Síria, Irão ou Iraque, com o PKK a ter desenvolvidos durante várias décadas acções terroristas contra as autoridades e civis turcos.

No entanto, esta recusa da Turquia não esmorece as intenções da Finlândia e da Suécia que hoje se encontram em Berlim com dirigentes turcos. Estes países defendem que este é um processo que vai precisar de "paciência" e não acontece de um dia para o outro.

A Finlândia e a Suécia anunciaram esta semana querer entrar para a NATO, uma organização de defesa comum que reúne 30 países e é agora um dos últimos redutos para contrapor o poder de Moscovo na Europa.

Segundo o Kremlin, a adesão da Finlândia à NATO seria definitivamente uma ameaça para a Rússia, avança a Reuters, que diz que esta decisão não promoverá estabilidade e segurança na Europa.

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