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UE sanções/Rússia

União Europeia anuncia 5º pacote de sanções contra a Rússia

As imagens de devastação que chegaram nos últimos dias a partir de Bucha, nos arredores de Kiev, após retirada das tropas russas, chocaram a comunidade internacional e levaram a União Europeia a adoptar um novo pacote de sanções contra Moscovo, o 5º desde o início da guerra.

Ursula Von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia.
Ursula Von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia. REUTERS - POOL
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Face aos últimos acontecimentos na Ucrânia, a União Europeia decidiu aumentar a pressão contra a Rússia e anunciou, esta terça-feira, novas sanções.

Este 5º pacote de sanções, que ainda terá de ter aval dos Estados-membros, distingue-se dos anteriores porque toca, pela primeira vez, num ponto fulcral para a Rússia: o sector energético.

Ursula Von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia, anunciou ontem, em Bruxelas, que será colocado em prática um embargo à importação de carvão vindo da rússia, que pode custar a Moscovo cerca de 4 mil milhões de euros por ano.

Para além disso, será proibido o acesso de navios russo a portos europeus e as empresas rodoviárias russas e bielorrussas passam também a estar interditadas no espaço europeu.

A União Europeia decidiu ainda cortar todas as transacções com 4 bancos russos e proibir a participação de empresas russas em licitações públicas dos Estados-membros.

De fora, continuam a ficar sanções relacionadas com o petróleo ou gás russo, factor evidenciado por Dmytro Kuleba, ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, numa mensagem deixada nas redes sociais. O governante pede um embargo a estas fontes de energia vindas de Moscovo.

"Aprecio o fortalecimento trazido pelo quinto pacote de sanções da União Europeia, mas será preciso um embargo do petróleo e do gás e a exclusão de todos os bancos russos do SWIFT para parar Putin. Tempos difíceis exigem decisões difíceis", escreveu, na sua conta de Twitter.

O chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky, já se pronunciou publicamente quanto às decisões da UE e criticou os líderes ocidentais por não terem adoptado "sanções mais duras".

De referir que Ursula Von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia, e Charles Michel, chefe da diplomacia da UE, irão deslocar-se a Kiev nos próximos dias para uma reunião presencial com o Presidente ucraniano.

No terreno, a violência continua

Nas últimas horas, a violência não tem dado tréguas em território ucraniano.

Durante a noite, há registo de várias explosões e ataques aéreos em Lviv e Dnipropetrovsk, de acordo com informações veiculadas pela imprensa ucraniana.

Em Mariupol, cidade portuária no sudeste da Ucrânia, os ataques aéreos também continuam, de acordo com os serviços de inteligência ucranianos.

Para além disso, existem combates a decorrer em várias outras cidades ucranianas e as autoridades pedem, por exemplo, à população de Lugansk, no leste do país, para abandonarem aquela região porque temem uma ofensiva russa no local.

Em 41 dias, a guerra já causou centenas de mortos e provocou a fuga de mais de 11 milhões de pessoas.

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