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Covid-19

Pfizer vai fornecer o seu tratamento anti-covid a países mais fragilizados

A firma farmacêutica americana Pfizer anunciou hoje que vai vender até 4 milhões de doses do seu tratamento contra a covid-19, o Paxlovid, à Unicef que vai encarregar-se de distribuir o fármaco a 95 países, entre os quais países africanos, que representam cerca de 53% da população mundial.

A distribuição do tratamento pela Unicef entre os países menos favorecidos deveria acontecer a partir de Abril.
A distribuição do tratamento pela Unicef entre os países menos favorecidos deveria acontecer a partir de Abril. © AFP
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"Os países com rendimentos mais baixos poderão obter tratamentos ao preço de custo enquanto países com rendimentos mais altos vão pagar consoante a tabela de preços definida pela Pfizer", detalha o comunicado da firma americana.

As entregas do tratamento que se destina essencialmente às populações de risco, nomeadamente idosos e pessoas imunodeprimidas e que segundo estudos clínicos reduziria de cerca de 85% os riscos de hospitalização ou óbito devido ao coronavírus devem começar em Abril.

Este anúncio intervém alguns dias depois de a Pfizer ter fechado um acordo sob a égide das Nações Unidas autorizando 35 empresas a fabricar uma versão genérica e mais barata dos seus comprimidos anti-covid. Neste sentido, foram concedidas licenças a 19 laboratórios indianos, 5 chineses, e as restantes foram repartidas entre empresas situadas nomeadamente no Brasil, República Dominicana, Jordânia ou ainda Israel, para citar apenas alguns países contemplados por esta medida.

Isto sucede igualmente numa altura em que o mundo continua a lutar contra a covid-19, registando-se inclusivamente um aumento substancial do número de casos em algumas zonas do globo, nomeadamente na China que ainda hoje decretou o confinamento dos 9 milhões de habitantes da cidade industrial de Shenyang, no nordeste do país, devido à explosão de infecções.

Também a Europa está a conhecer um recrudescimento das infecções, a delegação local da OMS tendo aliás criticado vários países do continente por terem levantado “brutalmente” as suas restrições perante a pandemia.

De acordo com a OMS 18 dos 53 países europeus, nomeadamente a França, o Reino Unido, a Irlanda, a Alemanha, a Itália, a Grécia e Chipre estão a conhecer um aumento do número de casos de coronavírus e passaram de bruscamente de “restrições excessivas a insuficientes”.

Nos últimos 7 dias, mais de 5 milhões de casos suplementares foram registados e mais de 12 mil óbitos foram contabilizados na Europa, fazendo ascender a um total de mais de 194 milhões de casos e cerca de 1,92 milhões de óbitos a nível mundial devido à covid-19.

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