Forças russas cada vez mais próximas de Kyiv
As forças russas estão cada vez mais próximas de Kyiv e "bloqueiam" a cidade costeira de Mariupol, onde milhares de pessoas tentam fugir da guerra. Este sábado, 12 de Março, haverá nova tentativa de evacuação de civis.
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Vários corredores humanitários estão abertos este sábado na Ucrânia, incluindo na cidade costeira de Mariupol. A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, disse esperar que a Rússia cumpra o cessar-fogo para permitir a retirada de civis.
“Espero que o dia corra bem, que todas as rotas planeadas estejam abertas e que a Rússia garanta o cessar-fogo”, afirmou
A vice-primeira-ministra referiu ainda que a Ucrânia planeia evacuar civis das regiões de Kyiv e Sumy, assim como de outras áreas onde decorrem intensos combates. Cerca de 100 mil pessoas foram evacuadas em dois dias de cidades ucranianas.
Segundo o exército ucraniano, Mariupol, no Mar de Azov, Kryvy Rig, Kremenchug, Nikopol e Zaporizhie são as áreas onde os esforços russos ainda estão concentrados. Mas o alvo principal continua a ser Kyiv, as forças russas tentam eliminar as defesas em várias localidades a oeste e norte da cidade para "bloqueá-la", declarou o estado-maior ucraniano.
Zelensky acusou a Rússia de contratar "assassinos sírios"
O Presidente russo, Vladimir Putin, autorizou o envio de combatentes "voluntários", principalmente da Síria, em resposta o Presidente ucraniano acusou a Rússia de contratar "assassinos sírios" para "destruir" a Ucrânia.
Volodymyr Zelensky pediu este sábado às mães dos soldados russos que impeçam os seus filhos de serem enviados para a "guerra" na Ucrânia.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos confirmou a morte de 564 civis na Ucrânia, incluindo 41 crianças, desde o lançamento da ofensiva militar russa em 24 de Fevereiro.
Armas biológicas e novas sanções
Esta sexta-feira, o Conselho de Segurança da ONU voltou a reunir-se com a Rússia a alertar para o que diz ser a preparação de armas biológicas e químicas por parte dos Estados Unidos na Ucrânia. Todavia, a apresentação deste argumento perante a ONU não foi acompanhada por qualquer prova e foi criticada como demagógica pelo Ocidente e pela Ucrânia.
Para a Ucrânia e Estados Unidos, isto pode ser um indício de que a Rússia se prepara para usar este tipo de armamento e depois culpar os outros países.
Os Estados Unidos e os aliados decidiram excluir a Rússia do regime normal de relações comerciais globais, privando-a do seu estatuto de "nação mais favorecida", abrindo caminho a aumento de tarifas.
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