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Ucrânia

Continuam as tentativas de obter um cessar-fogo imediato na Ucrânia

No 11° dia da ofensiva russa na Ucrânia, as tropas de Moscovo continuam a avança rem diversas frentes. Pelo segundo dia consecutivo, a Cruz Vermelha teve de interromper a sua tentativa de evacuar civis da cidade portuária de Mariupol que está sob fogo russo, o presidente ucraniano temendo que a ofensiva russa se volte agora para Odessa, sobre o Mar Negro.

Nas últimas horas, Mariupol mas igualmente Kiev (na foto) têm estado sob intenso fogo russo, neste dia 6 de Março de 2022, 11° dia ofensiva de Vladimir Putin contra a Ucrânia.
Nas últimas horas, Mariupol mas igualmente Kiev (na foto) têm estado sob intenso fogo russo, neste dia 6 de Março de 2022, 11° dia ofensiva de Vladimir Putin contra a Ucrânia. AP - Emilio Morenatti
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Enquanto isso, continuam a afluir os apelos ao cessar-fogo. Na sua homilia deste Domingo, o papa Francisco lamentou hoje os «rios de sangue e de lágrimas» que escorrem na Ucrânia, apelou à instauração de «verdadeiros corredores humanitários» para ajudar as populações e implorou que «parem os ataques armados» e que «se retomem as negociações».

No campo político, há iniciativas. O Presidente francês falou hoje durante quase duas horas com Vladimir Putin, numa nova tentativa de mediação. Em contacto telefónico hoje com o Presidente russo, o chefe de Estado turco reclamou um «cessar-fogo geral urgente». Entretanto, o Primeiro-Ministro israelita Naftali Bennett afirmou hoje que vai continuar os seus esforços de mediação apesar de ele próprio reconhecer que «há poucas possibilidades de ser bem-sucedido», isto na sequência de um encontro em Moscovo com Putin, uma deslocação a Berlim e contactos telefónicos com o Presidente ucraniano nestes últimos dias.

Relativamente ao balanço humano desta invasão, para além da morte de mais de 11 mil soldados russos contabilizada pelas autoridades ucranianas, a ONU deu conta ontem de mais de 350 civis ucranianos mortos, entre os quais pelo menos 22 crianças, dados que as próprias Nações Unidas reconhecem ser provavelmente muito subestimados. Paralelamente, a ONU indicou hoje que o número de pessoas que fugiram da Ucrânia ultrapassou o milhão e meio, esta sendo a mais rápida crise de refugiados alguma vez registada na Europa desde a segunda guerra mundial.

De referir ainda que houve ontem uma forte uma mobilização na rua em várias partes do globo, em Paris, Nova Iorque e Zurique nomeadamente. Também na Rússia e especialmente em Moscovo, numerosos manifestantes desfilam diariamente para expressar a sua oposição a esta guerra. De acordo com uma ONG russa que acompanha as manifestações, pelo menos 1100 pessoas foram detidas hoje em cerca de 30 cidades do país, esta organização estimando que desde o começo da invasão, dia 24 de Fevereiro, mais de 10 mil pessoas tenham sido presas no âmbito dessas marchas.

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