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Mudanças climáticas

Clima: GIEC exorta o mundo a acções drásticas alargadas e imediatas

Depois de um primeiro documento publicado no passado mês de Agosto, o GIEC, grupo de peritos das Nações Unidas sobre o clima, divulgou hoje um novo relatório referindo que as mudanças climáticas já estão em curso e que é preciso uma acção drástica em larga escala numa altura em cerca de metade da população mundial já se encontra em posição vulnerável face ao aquecimento global.

No seu novo relatório, o GIEC dá conta das consequências das mudanças climáticas já em curso e exorta a uma acção colectiva drástica.
No seu novo relatório, o GIEC dá conta das consequências das mudanças climáticas já em curso e exorta a uma acção colectiva drástica. REUTERS - David McNew
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Secas, inundações, ondas de calor, incêndios, insegurança alimentar, escassez de água, doenças, aumento do nível da água, estes são alguns dos fenómenos evocados não no futuro mas já no presente pelos peritos da ONU que no seu mais recente relatório publicado hoje, referem que 3,3 a 3,6 mil milhões de pessoas já estão "muito vulneráveis".

Neste documento de 3.675 páginas, os cientistas constatam que a temperatura do planeta que já aumentou 1,1°C desde a era pré-industrial, poderia aumentar 1,5°C até 2030, ou seja 10 anos mais cedo que se previa ainda em 2015, o que faz com que seja difícil manter a meta de um aumento máximo de 1,5°C até ao final do século sem acção drástica, alargada e imediata, conforme recomendado neste novo relatório.

Os peritos do GIEC referem aliás que no caso de se ultrapassar -mesmo temporariamente- este limite, isto pode causar novos danos "irreversíveis" em ecossistemas frágeis como pólos, montanhas e zonas costeiras e pode igualmente provocar o desaparecimento de 3 a 14% das espécies terrestres.

Até 2050, os peritos da ONU calculam que cerca de um bilhão de pessoas estarão a viver em áreas costeiras de risco, localizadas em grandes cidades, litorais ou pequenas ilhas, daí que a seu ver é necessário tomar medidas de adaptação. Uma preconização também feita pela Aliança dos Pequenos Estados Insulares, assim como pelo Secretário-geral da ONU, António Guterres, que ao declarar que "a adaptação salva vidas" e que "qualquer atraso significa a morte", também denunciou o que qualificou de "demissão de liderança criminosa".

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