Ucranianos não acreditam que "Ocidente esteja pronto a confrontar a Rússia"
As sanções às repúblicas separatistas são vistas como "anedota" pelos ucranianos. "Os países do Ocidente não estão prontos a confrontar a Rússia", conta o economista guineense, Demar dos Santos, em Kiev.
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O Presidente ucraniano afirmou que espera um apoio “claro” e “eficaz” do Ocidente face à Federação Russa. Para Volodymyr Zelensky, o reconhecimento russo da independência das regiões ucranianas de Donetsk e Lugansk é uma violação da soberania da Ucrânia.
O chefe do Estado ucraniano garantiu ainda que, face à Federação Russa, Kiev "está preparada para o que der e vier há muito tempo", não tendo também dúvidas de que esta posição constitui a "retirada total da Rússia dos acordos de Minsk".
O chanceler alemão Olaf Scholz afirmou que a certificação do gasoduto Nord Stream 2 não pode avançar devido às mais recentes acções da Rússia, na Ucrânia. Um passo que representa a primeira resposta ao reconhecimento da independência das repúblicas separatistas da região do Donbass.
"Esta é uma decisão temporária, depois vão esquecer-se disto e vão voltar a negociar com a Rússia", acredita o economista guineense, Demar dos Santos, na capital ucraniana, acrescentando que em Kiev "as pessoas estão nervosas e preocupadas" com a situação.
Em Kiev, as sanções às repúblicas separatistas são vistas como "anedota" . "Os países do Ocidente não estão prontos a confrontar a Rússia", lamenta.
"Pouca gente acredita nunca forte reacção dos EUA, da União Europeia. As pessoas estão a perder esperança nos países do Ocidente. Para muitos ucranianos estas sanções são uma anedota, uma vez que ninguém acredita que a resposta será forte contra a Rússia. Isso já aconteceu com a Geórgia, em 2008, com a Crimeia, em 2014, e vai voltar a acontecer agora com as duas repúblicas", descreveu Demar dos Santos.
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