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Ucrânia

Crise ucraniana debatida no Conselho de Segurança das Nações Unidas

O Conselho de Segurança da ONU reúne-se hoje a pedido dos Estados Unidos para abordar a crise ucraniana, em vésperas de uma nova sessão de diálogo entre americanos e russos por via telefónica na tentativa de fazer baixar a tensão.

Chefe da diplomacia americana Antony Blinken com o seu homólogo russo Sergueï Lavrov em Genebra no passado dia 21 de Janeiro de 2022.
Chefe da diplomacia americana Antony Blinken com o seu homólogo russo Sergueï Lavrov em Genebra no passado dia 21 de Janeiro de 2022. © Alex Brandon POOL/AFP/Arquivos
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"O Conselho de Segurança está unido. As nossas vozes estão unidas para pedir aos russos que se expliquem", disse ontem a embaixadora americana na ONU Linda Thomas -Campo Verde referindo-se à perspectiva da reunião do Conselho de Segurança, uma reunião que antecede uma conversa telefónica esta terça-feira entre o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, com o seu homólogo russo, Sergueï Lavrov.

Ainda ontem, Londres e Washington ameaçaram aplicar novas sanções contra Moscovo. O governo de Boris Johnson indicou que encara a possibilidade de se focar nos interesses russos "que dizem directamente respeito ao Kremlin". Em resposta, Moscovo acusou hoje as autoridades britânicas de estar a preparar um "ataque" contra empresas russas.

Em Washington, dois parlamentares confirmaram que o Congresso está perto de chegar a um acordo sobre um projecto de lei prevendo novas sanções económicas contra a Rússia. Neste pacote de medidas contra Moscovo, é mencionada a possibilidade de perturbar o acesso dos russos às transacções em Dólares ou ainda de visar o estratégico gasoduto Nord Stream 2 entre a Rússia e a Alemanha.

É este âmbito que o Presidente americano recebe hoje em Washington, um dos seus mais próximos aliados, o Emir do Qatar, país que é um dos grandes fornecedores de gás a nível mundial. Em cima da mesa está a necessidade de "garantir a segurança energética internacional" se for necessário prescindir do gás russo, em caso de ataque contra a Ucrânia.

Nos últimos meses, os países ocidentais têm acusado a Rússia de concentrar junto da sua fronteira com a Ucrânia mais de 100 mil militares, com o objectivo de invadir o seu vizinho, depois de já ter anexado em 2014 a região ucraniana da Crimeia.

Moscovo desmente tais propósitos mas exige dos seus interlocutores ocidentais garantias escritas de que a NATO não se vai alargar a mais países do antigo bloco de leste, depois de já ter acolhido a Polónia e os países Bálticos.

Na semana passada, tanto os Estados Unidos como a NATO recusaram formalmente conformar-se às exigências russas, certos países da Aliança Atlântica encarando agora um reforço da sua presença militar. Soube-se nomeadamente que o chefe do governo britânico deveria propor esta semana aos seus parceiros da NATO o envio de tropas para a parte oriental da Europa no intuito de responder ao aumento da "hostilidade russa".

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