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Interpol

Interpol elege presidente acusado de tortura

O general dos Emirados Ahmed Nasser al-Raisi, alvo de várias denúncias de "tortura" em França e na Turquia, foi eleito, esta quinta-feira, 25 de Novembro, em Istambul, presidente da Interpol, anunciou a agência de cooperação policial.

O general dos Emirados Ahmed Nasser al-Raisi, alvo de várias denúncias de "tortura" em França e na Turquia, foi eleito, esta quinta-feira, 25 de Novembro, em Istambul, presidente da Interpol, anunciou a agência de cooperação policial.
O general dos Emirados Ahmed Nasser al-Raisi, alvo de várias denúncias de "tortura" em França e na Turquia, foi eleito, esta quinta-feira, 25 de Novembro, em Istambul, presidente da Interpol, anunciou a agência de cooperação policial. Ozan Kose AFP/Archivos
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O cargo de presidente da Interpol é essencialmente honorário, o verdadeiro chefe da organização é o secretário-geral, mas várias organizações de direitos humanos e os eleitos europeus opuseram-se a eleição de Ahmed Nasser al-Raisi, defendendo que a escolha vai prejudicar a missão da Interpol.

 O presidente da Interpol, nomeado por quatro anos, exerce as suas funções a tempo parcial e de forma voluntária, mantendo as funções no seu país de origem. A gestão da Interpol é assegurada pelo secretário-geral Jürgen Stock, conduzido para um segundo mandato de cinco anos em 2019.

A presidente da Comissão Europeia alertou, recentemente, para o facto da eleição do general Ahmed Nasser al-Raisi afectar a imagem da Interpol.

“Estamos profundamente convencidos de que a eleição do General Raisi irá prejudicar a missão e a reputação da Interpol e vai afectar a capacidade da organização cumprir sua missão com eficácia”, escreveu Ursula Von der Leyen, um opinião partilhada por Marie Arena, presidente da Subcomissão dos Direitos do Homem do Parlamento Europeu.

Em Outubro de 2020,  dezenove ONGs, incluindo a Human Rights Watch, estavam preocupadas com a possível escolha do general dos Emirados, "membro de um aparelho de segurança que sistematicamente ataca a oposição pacífica".

Várias denúncias de "tortura" contra Ahmed Nasser al-Raisi foram feitas nos últimos meses em França, onde está a sede da Interpol, e na Turquia, país sede da Assembleia Geral da organização.

Numa dessas denúncias, a ONG Gulf Center for Human Rights acusa o general dos Emirados de "actos de tortura e barbárie" contra o opositor Ahmed Mansoor, detido desde 2017 nma cela de 4 metros quadrados "sem colchão ou protecção contra o frio ", nem "acesso a médico, higiene, água e instalações sanitárias". Até agora, nenhuma dessas denúncias não foi bem-sucedida.

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