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G20/Relações internacionais

G20 estabelece consenso sobre aquecimento global mas incógnita persiste

Com em pano de fundo o início da Cop26 em Glasgow, os líderes do G20 encerraram a cimeira de Roma  sob pressão para  chegaram a um consenso, no que toca à redução de gases com efeito de estufa,uma das principais causas do aquecimento climático. Paralelamente, o Presidente  Macron avistou-se com Boris Jonhson para abordar o conflito sobre as zonas de pesca. Ambos preconizam o desanuviamento da recente escalada.    

Um  gráfico representando as emissões de gases com efeito  de estufa, por habitante, nos  países do G20. A cimeira de Roma ,encerrada a 31  de Outubro de 2021, revelou as dificuldades que os Estados mais ricos do mundo têm em chegar a um consenso sobre o combate ao aquecimento global.
Um gráfico representando as emissões de gases com efeito de estufa, por habitante, nos países do G20. A cimeira de Roma ,encerrada a 31 de Outubro de 2021, revelou as dificuldades que os Estados mais ricos do mundo têm em chegar a um consenso sobre o combate ao aquecimento global. John SAEKI AFP/File
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Pressionados,de forma a chegarem a um consenso sobre a implementação das metas definidas na  Cop de Paris  em 2015, os dirigentes do G20, encerraram a  cimeira de Roma sob a incerteza, não obstante terem  estabelecido  um acordo , no que diz respeito ao futuro da luta  contra o aquecimento global.

As economias dos 20 países mais ricos do mundo representam cerca de 80% das emissões de gases poluentes no mundo.

Segundo os analistas, o que se espera dos chefes de Estado e de Governo presentes em Roma é  que eles enviassem uma mensagem positiva aos povos do mundo inteiro, no que toca à sua real vontade de combater o aquecimento  climático.

As negociações  destinadas a concluir um acordo na matéria, decorreram durante toda a noite  de  30 de Outubro de 201, mas segundo fontes europeias em Roma, as mesmas revelaram-se  difíceis.

De  acordo com  os especialistas,  o objectivo de uma  redução de  1,5°  grau centígrado, no respeitante às  emissões  poluentes, poderá quando muito, ser atingido dentro de 10  anos.

Em matéria de  fiscalidade, o G20 aprovou o imposto mínimo de 15%  que deverá ser  pago pelas firmas multinacionais.

Considerado  o mínimo, o acordo entre  os países do G20  para lutar contra o aquecimento climático, repercutiu-se  sobre o texto  do comunicado final  da cimeira de Roma, qualificado  de menos ambicioso na matéria.

Contudo o comunicado  do G20 reconheceu  finalmente a importância de atribuir aos países em desenvolvimento  os  100 mil milhões de dólares  por ano a  partir  de 2020, prometidos  há 12 anos pelas nações ricas, para ajudar os referidos  Estados a lutar contras a consequências das mudanças climáticas.    

Tradicionalmente uma ocasião para reuniões bilaterais, o segundo e último dia da cimeira do G20 foi marcado pelo encontro entre o Presidente Francês, Emmanuel Macron e o Primeiro-ministro  britânico, Boris Johnson, que abordaram o conflito das zonas de pesca entre a França e o Reino Unido.

Macron e Johnson apelaram ao desanuviamento da recente escalada que marcou o diferendo, nomeadamente com a abordagem de uma traineira britânica  pelas autoridades marítimas francesas.  

Todavia, o chefe de Estado francês afirmou que,  o Reino Unido deve respeitar o estabelecido no acordo do Brexit e conceder as autorizações de pesca,  em águas britânicas, aos navios franceses que ainda não as possuem.        

 

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