Alemanha: Scholz garante ter “um mandato” para formar coligação
O líder dos social-democratas alemães, Olaf Scholz, disse hoje que tem “um mandato” para formar uma coligação governamental com os Verdes e os liberais do FDP. As negociações para a viabilização de uma coligação "semáforo" começam amanhã, quinta-feira.
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A Viabilização de coligação "semáforo" foi avançada pela co-presidente do partido os Verdes, Annalena Baerbock, esta quarta-feira, que se mostrou disponível a encetar negociçaões com os sociais-democratas do SPD de Olaf Scholz e os Liberais do FDP.
"Após estas conversações, consultámos e chegámos à conclusão de que faz agora sentido falar mais aprofundadamente com o FDP e o SPD, especialmente tendo em conta o terreno comum que pudemos estabelecer nestas conversações bilaterais", afirmou Annalena Baerbock.
As negociações preliminares com vista à formação de uma aliança entre os três partidos começam amanhã, garantiu o presidente do Partido Democrático Liberal: "Acabo de oferecer ao Sr. Scholz, em acordo com os Verdes, que nos encontraremos já amanhã para conversações entre nós os três - e isso vai acontecer".
No entanto, Christian Lindner fez questão de salientar que uma coligação "Jamaica" com os ecologistas e democratas-cristãos (CDU) da chanceler Angela Merkel, continua a ser "uma opção viável em termos de conteúdo".
O líder dos social-democratas alemães, Olaf Scholz, disse hoje que tem “um mandato” para formar uma coligação governamental com os Verdes e os liberais do FDP: “Os cidadãos e cidadãs deram-nos um mandato para construirmos um Governo juntos”.
O SPD venceu as eleições de 26 de setembro, com 25,7% dos votos, uma margem estreita face aos conservadores do bloco CDU/CSU que registaram 24,1%, seguindo-se os Verdes, com 14,8%, e o FDP, com 11,5%.
Dez dias após as eleições para o parlamento, que o SPD ganhou por uma estreita margem, as discussões nos bastidores estão a acelerar na Alemanha, ainda marcada pelos meses de paralisia causados à Europa após a eleição em 2017 por intermináveis negociações entre os partidos políticos.
Se a coligação "semáforo" se vier a confirmar, os conservadoresdo bloco CDU/CSU podem ficar de fora do executivo alemão, 16 anos após o início da era de Angela Merkel
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