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Afeganistão: Primeiro voo de passageiros desde retirada americana

No Afeganistão, um primeiro voo internacional de passageiros saiu de Cabul, na quinta-feira, depois da retirada norte-americana do Afeganistão no final de Agosto. Entretanto, o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu para "manter um diálogo com os Talibã para evitar "colapso económico" que poderia provocar "milhões de mortes”.

Refugiados do Afeganistão à chegada a Doha. 8 de Setembro de 2021.
Refugiados do Afeganistão à chegada a Doha. 8 de Setembro de 2021. MOFA - MARWAN TAHTAH / MOFA
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É o primeiro voo internacional de passageiros desde a gigantesca ponte aérea organizada pelos norte-americanos que permitiu a retirada de mais de 123.000 pessoas. O voo da Qatar Airways, que já chegou a Doha com centenas de refugiados, aconteceu menos de um mês depois de os Talibã terem tomado Cabul e três dias antes do vigésimo aniversário dos ataques de 11 de Setembro que levaram aos 20 anos de ocupação ocidental do país.

A Casa Branca falou em “passo positivo” da parte dos Talibã por terem autorizado o voo. O porta-voz do novo executivo afegão disse esperar que num “futuro próximo o aeroporto esteja pronto para todos os tipos de voos comerciais", ainda que o espaço tenha fechado depois da retirada americana e de milhares de afegãos terem sitiado o complexo na esperança de embarcar num dos voos.

Entretanto, o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu para que a comunidade internacional mantenha "um diálogo" com os Talibã para evitar um "colapso económico" com "milhões de mortes" devido à fome.

A enviada da ONU ao Afeganistão, Deborah Lyons, denunciou que os Talibã não cumpriram a promessa de amnistia quando regressaram ao poder e disse que há relatos de assassínios e detenções de membros das forças de segurança e funcionários que trabalharam para governos anteriores. Além disse, a responsável adiantou que os funcionários da ONU estão a ser vítimas de perseguição e intimidação por parte dos novos senhores de Cabul.

Nos últimos dias, vários protestos foram dispersados na capital e, na quarta-feira, o novo executivo emitiu uma ordem na qual todos as concentrações têm de ser autorizadas pelo ministério da Justiça.

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