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Amnistia Internacional/Direitos humanos

Amnistia Internacional: nada mudou sobre abusos contra migrantes na Líbia

A Amnistia Internacional publicou quinta-feira um relatório denunciando a degradação das condições dos migrantes detidos em centros na Líbia. Segundo Pedro Neto, director executivo da Amnistia Internacional em Portugal, mudaram as instalações em que estão os migrantes apreendidos pela guarda costeira Líbia, mas os responsáveis, muitos deles  implicados em casos de  violação e tortura, são os mesmos. Na realidade nada mudou, no que toca aos abusos de que são alvo os migrantes.     

Migrantes resgatados ao largo da Líbia  em Janeiro de 2020. O país da África do norte, tornou-se um ponto de passagem para os migrantes que desejam chegar ao continente europeu. No seu relatório publicado em 15 de Julho de 2021, a Amnistia Internacional denuncia a persistência de um tratamento abusivo  aos migrantes detidos pela guarda costeira líbia e internados em centros de detenção.
Migrantes resgatados ao largo da Líbia em Janeiro de 2020. O país da África do norte, tornou-se um ponto de passagem para os migrantes que desejam chegar ao continente europeu. No seu relatório publicado em 15 de Julho de 2021, a Amnistia Internacional denuncia a persistência de um tratamento abusivo aos migrantes detidos pela guarda costeira líbia e internados em centros de detenção. AFP
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O relatório da Amnistia  Internacional, intitulado  "No one Will Look for you: Forcibly returned from sea to abusive detention  in Libya", sobre os migrantes que  tentam atravessar o Mediterrâneo  para chegar  ao continente europeu, revela  uma situação completamente descontrolada, sem que haja perspectivas de uma melhoria no que diz respeito ao tratamento infringido pela Líbia às pessoas detidas pela guarda costeira líbia. 

Numa entrevista concedida  à RFI o director executivo da Amnistia Internacional em Portugal, Pedro Neto, chama  a  atenção nomeadamente para o facto de que embora as instalações dos centros de detenção para migrantes na Líbia  tenham mudado, os agentes de serviço líbios  permanecem os mesmos.

Muitos dos referidos agentes líbios, que  trabalham nesses  centros de detenção, que acolhem os migrantes impedidos de  entrar ilegalmente na Europa, estão envolvidos em violações, tortura e desaparecimento de pessoas.

Segundo ainda Pedro Neto,a Amnistia Internacional  tem denunciado a situação degradante, contrária  aos valores da União Europeia,mas a organização de direitos humanos tem sido confrontada com a indiferença dos países membros do bloco europeu, cuja principal preocupação é impedir a chegada de migrantes às suas terras.

Pedro Neto, Director Executivo da Amnistia Internacional em Portugal resumiu à RFI o relatório.

08:42

Pedro Neto, director executivo de Amnistia Internacional- Portugal 15 07 2021

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