Fuga em central nuclear chinesa de Taishan expulsa gases radioactivos
Segundo as autoridades chinesas, não há anormalidade no que toca aos níveis de radiação em redor, após uma fuga que provocou a emissão de gases radioactivos, na central nuclear da Taishan. O Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês afirma que a segurança da central está garantida.
Publicado a:
O canal de notícias CNN tinha anunciado que o governo dos Estados Unidos estava a avaliar uma informação sobre a fuga ocorrida a central nucleaer de Taishan, situada na populosa província de Guandong, no sul da China.
A sociedade francesa, Framatone, que opera a citada central, referiu-se a uma iminente ameaça radioactiva, mas que estava a trabalhar para encontrar um desfecho ,no que diz respeito ao funcionamento normal da central de Taishan.
A Framatome acrescentou que, os dados isponíveis, revelam que a central está a operar dentro dos parâmetros de segurança.
Activada em 2018, a central de Taishan foi a primeira no mundo a operar com os reactores nucleares EPR, da última geração.
Os EPR são reactores que funcionam com água pressurizada e cujo funcionamento foi adiado durante anos, em projectos europeus na França, Grã-Bretanha e Finlândia.
Existem actualmente dois reactores EPR na central nuclear da cidade de Taishan, situada próximo da costa meridional de Guandong e do centro financeiro de Hong Kong.
A EDF, Empresa de Electricidade francesa, e um dos proprietários de Framatone, afirmou num comunicado que tinha solicitado uma reunião extraordinária a administração da central de Taishan.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Zhao Lijian, declarou que as centrais nucleares do seu país têm mantido um bom registo de operacionalidade e que não houve incidentes com repercussões para o meio ambiente e a saúde pública.
A Administração Nacional para a Segurança Nuclear chinesa, informou que ocorreu ,no dia 5 de Abril de 2021, um incidente em Taishan, durante o qual uma pequena quantidade de gases radioactivos penetraram o pipeline, vedado com água, da primeira unidade da central.
De acordo com Zhao Tong, investigador em ciências nucleares, do Centro Carnegie-Tsinghua para Políticas Globais de Beijing, a maneira como a fuga na central de Taishan foi anunciada pelas autoridades, vai realçar a falta de confiança na China, no que diz respeito ao que realmente se passou.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro