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Hong Kong/Macau/China

Hong Kong e Macau proíbem vigílias para assinalar Tiananmen

As autoridades de Hong Kong fecharam, esta sexta-feira, o parque Vitória onde dezenas de milhares de pessoas se juntaram para assinalar a repressão de Tiananmen, em 1989. Em Macau as vigílias também foram proibidas, o goveno salientou que o ajuntamento de pessoas poderia constituir uma ameaça à segurança nacional.

Praça de Tiananmen, Pequim
Praça de Tiananmen, Pequim © RFI
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A polícia de Hong Kong fechou, esta sexta-feira, o parque Vitória onde dezenas de milhares de pessoas se juntaram para assinalar a repressão de Tiananmen, em 1989. As forças de segurança detiveram Chow Hang Tung, vice-presidente da Aliança de Hong Kong de apoio aos movimentos democráticos da China. A activista organizou várias manifestações em memória das vítimas da repressão mortífera do movimento democrático de 4 de Junho de 1989, em Pequim.

A antiga colónia britânica, a quem foi prometido um elevado nível de autonomia com Pequim, durante a transferência de soberania para a China, em 1997, organiza tradicionalmente a maior vigília  para as vítimas de Tiananmen. Estas vigílias são vistas como um símbolo das aspirações democráticas de Hong Kong que prentedem preservar um modo de vida diferente com a China continental. 

Em Macau as autoridades também proibiram a vigília, salientando que o ajuntamento de pessoas poderia constituir uma ameaça à segurança nacional. Foi a primeira vez que Macau citou razões políticas para proibir a comemoração. 

China denuncia ingerência dos EUA

A China nunca forneceu informação completa sobre as violências cometidas em 1989. O balanço dado pelas autoridades, alguns dias mais tarde, dava conta de 300 mortos, a maior parte soldados. No entanto, vários grupos de defesa falam em milhares de vítimas mortais.

Esta sexta-feira, 4 de Junho, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, usou as redes sociais para lembrar que o aniversário de Tiananmen mostra que “os direitos do Homem são universais” e que “todos os governos os devem proteger e promover”. 

A China considerou, através do porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Wenbin, que Antony Blinken estava a interferir nos assuntos internos do país. 

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