Presidente bielorusso em visita a homólogo russo confronta isolamento
O presidente da Bielorrússia Alexandre Loukachenko avista-se com o seu homólogo russo Vladimir Putin. O encontro entre os dois chefes de Estado, decorre depois da aterragem forçada em Minsk de um avião da companhia irlandesa Ryanair, no qual viajava o opositor bielorrusso, Roman Protassevich, acusado pelas autoridades locais de encorajar a desestabilização do seu país.
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O encontro entre Vladimir Putin e Alexandre Loukachenko, em Sochi,decorre numa altura em que várias companhias aéreas da Europa ocidental decidiram suspender os voos com destino à Rússia para evitar o espaço bielorrusso, sob embargo da União Europeia, após a aterragem forçada em Minsk de um avião da Ryanair, no qual viajava o opositor bielorrusso, Roman Protassevich.
A organização Internacional da Aviação Civil (ICAO,sigla em inglês) com sede em Montreal, no Canadá, efectua um inquérito sobre as causas da aterragem forçada do avião da Ryanair.
Segundo os analistas, a reunião entre os Presidentes Putin e Loukachenko é uma forma da Rússia expressar a seu apoio à Bielorrússia, num momento em que o executivo de Minsk está confrontado com um isolamento na cena internacional.
De acordo com as autoridades de Moscovo, o bloqueio aéreo aplicado pela União Europeia à Bielorrússia é irresponsável e politicamente motivado.
Segundo a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, a União Europeia deve preocupar-se com ameaças reais e não imaginárias.
Desde Agosto de 2020, data em que imensos protestos ocorreram na Bielorrússia para contestar a reeleição de Alexandre Loukachenko, que Vladimir Putin e o seu homólogo bielorrusso têm tido encontros regulares.
Os encontros entre os dois chefes de Estado, decorrem à porta fechada e não são divulgados aos media.
A presidente da União Europeia, Ursula von der Leyen, criticou numa carta o autoritarismo de Alexandre Loukachenko e propôs uma ajuda financeira de três mil milhões de euros à oposição bielorrussa, em apoio à democracia segundo ela, no caso de o actual número um de Minsk abandonar o poder.
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