Porto recebe Cimeira Social
Em Portugal, a cidade do Porto acolhe, esta sexta-feira, a Cimeira Social com a presença de 24 dos 27 chefes de Estado e de Governo da União Europeia, reunidos para definir a agenda social da Europa para a próxima década.
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A cidade do Porto recebe hoje a Cimeira Social, com a presença de 24 dos 27 chefes de Estado e de Governo da União Europeia, reunidos para definir a agenda social da Europa para a próxima década.
A chanceler alemã Angela Merkel e o holandês Mark Rutte anularam a deslocação a Portugal devido à situação pandêmica nos seus países. O primeiro-ministro de Malta, Robert Abela, também não vai estar presente por estar a cumprir quarentena.
A cimeira social é “um dos momentos altos” dos seis meses em que Portugal esteve à frente do projeto europeu. Em declarações à agência Lusa, o primeiro-ministro português, António Costa, afirma que se os estados membros subscreveram o ‘compromisso do Porto’, uma declaração conjunta do lado sindical, empresarial e da sociedade civil será um marco para a Europa.
“Numa discussão aberta, transparente e frontal sobre o que é que deve ser o futuro da Europa social. A existência desse diálogo, a possibilidade de existir esse acordo em si será um marco muito importante”, explicou o primeiro-ministro português.
O principal objetivo da cimeira é reforçar o compromisso dos Estados-Membros, das instituições europeias, dos parceiros sociais e da sociedade civil com a implementação do Plano de Ação do Pilar Europeu dos Direitos Sociais.
Este plano de acção, apresentado pela Comissão Europeia em Março, defende a realização de várias iniciativas e estabelece três metas principais que devem ser atingidas até 2030 ao nível europeu.
O objectivo é que a taxa de emprego atinja, pelo menos, 78% na União Europeia; Formação anual para 60% dos adultos e redução do número de pessoas em risco de exclusão social ou de pobreza em pelo menos 15 milhões de pessoas.
À margem da cimeira o Bloco de Esquerda realiza a Contra Cimeira "resistência, do inconformismo e da solidariedade: STOP Precariedade, STOP Pobreza"; de 4 a 7 de Maio, o PCP organiza uma jornada dedicada ao tema “Em defesa do emprego e dos direitos dos trabalhadores, contra exploração – Não às imposições da União Europeia”; e a CGTP agendou para amanhã, 8 de Maio a realização uma manifestação.
Em entrevista à RFI, a secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, defende a importância de levar para a rua as reivindicações dos trabalhadores, sujeitos às imposições laborais da Europa.
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