Manifestantes protestam em Myanmar e sonham com primavera revolucionária
Em Myanmar, milhares de pessoas manifestaram domingo contra a junta militar e defenderam uma "Primavera Revolucionária". Desde Fevereiro último, mês em que ocorreu o golpe militar, que manifestações têm sido organizadas através do país do sudeste asiático,para reclamar o retorno de um governo democrático.
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Três meses depois do golpe de Estado militar, prosseguem as manifestações contra a junta no poder em Yangon,para exigir o regresso da democracia.
Milhares de pessoas protestaram em várias regiões de Myanmar, algumas delas com a esperança de que ocorra no país do sudeste asiático,uma "primavera revolucionária".
Em Yangon, capital do país, alguns manifestantes entoavam cantos pela queda da ditadura militar e a favor da democracia.
Na região central de Mandalay, os manifestantes desfilaram com bandeiras da Liga Nacional Democrática (LND), partido da prémio Nobel da paz(1991), Aung San Suu Kyi, sob prisão domiciliária desde 1 de Fevereiro, data em que teve lugar o golpe de Estado.
Segundo a Associação de Ajuda aos Prisioneiros Políticos (AAPP), uma ong myanmarana, desde que começaram os protestos, a seguir ao golpe militar, cerca de 760 pessoas morreram em confrontos com as forças de segurança de Myanmar.
A junta militar, que considera ilegal a referida organização não-governamental, afirma que morreram 258 manifestantes, assim como 17 polícias e sete militares.
Devido aos protestos contra o golpe militar, vários sectores da economia de Myanmar estão paralisados e um grupo de opositores decidiu formar um governo de resistência na clandestinidade, para contestar a tomada do poder pela junta.
Manifestantes em Myanmar sonham com primavera revolucionária 02 05 2021
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