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Coreia do norte / Malásia

Coreia do Norte corta subitamente relações com a Malásia

A Coreia do Norte cortou subitamente as relações com a Malásia, seu tradicional aliado até ao assassinato em Kuala Lumpur em 2017 do meio-irmão de líder norte-coreano Kim Jong Un. Depois de um período de esfriamento das relações, os dois aliados tinham ultimamente tornado a aproximar-se. Pyongyang justificou a decisão de se afastar da Malásia pela decisão deste país autorizar há dias a extradição para os Estados Unidos de um cidadão norte-coreano radicado na Malásia acusado de actividades ilícitas.

Líder norte-coreano, Kim Jong Un.
Líder norte-coreano, Kim Jong Un. AP
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Até ao assassinato há quatro anos no aeroporto de Kuala Lumpur, de Kim Jong Nam, meio-irmão do líder norte-coreano, a Malásia era um dos únicos aliados da Coreia do Norte, isolada a nível internacional devido ao seu programa nuclear. Este assassinato que foi atribuído por Seul à Coreia do Norte, marcou um esfriar das relações entre a Malásia e Pyongyang, um mal-estar que todavia não durou, uma vez que a Malásia tinha reaberto a sua embaixada na capital norte-coreana.

Esta reaproximação conhece agora um novo percalço.

No passado dia 17 de Março, as autoridades da Malásia autorizaram a extradição para os Estados unidos de Mun Chol Myong, cidadão norte-coreano acusado pelo FBI de liderar um grupo criminoso efectuando a exportação de mercadorias para a Coreia do Norte, em violação das sanções internacionais. Este cidadão norte-coreano é igualmente suspeito de conspiração e branqueamento de capitais.

Ao autorizar a sua extradição após, segundo Kuala Lumpur, terem sido esgotados todos os recursos da sua defesa, a Malásia teria cometido um "crime imperdoável" e teria sido "subserviente perante as pressões americanas", do ponto de vista de Pyongyang que anunciou hoje o corte das relações diplomáticas com o seu antigo aliado.

Ao lamentar esta decisão que qualifica de "não construtiva e que não se insere no espírito do respeito mútuo", o executivo da Malásia respondeu ordenando que todos os diplomatas norte-coreanos deixem o país nas próximas 48 horas.

Esta ruptura, refira-se, acontece numa altura em que o Secretário de Estado norte-americano Antony Blinken acaba de efectuar uma visita à Coreia do Sul, no âmbito de uma digressão na Ásia para reforçar alianças regionais perante a China.

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