Mario Draghi tenta viabilizar novo governo italiano

Em Itália o antigo patrão do Banco central europeu, Mario Draghi, foi encarregado hoje pelo presidente Sergio Mattarella de formar um governo, na sequência da queda do executivo de Giuseppe Conte. Draghi agradeceu a confiança e prometeu trabalhar para enfrentar, nomeadamente, a crise sanitária com que o país se debate.

Mario Draghi vai tentar formar um novo governo na Itália AP - Alessandra Tarantino

Mario Draghi, de 73 anos, teve um balanço notável no Banco central europeu ao salvar a Zona euro em 2012, em plena crise da dívida.

O anúncio da chegada de Draghi ao executivo transalpino provocou a subida dos índices da Bolsa de Milão.

Nesta terça-feira o presidente Sergio Mattarella tinha excluído eleições antecipadas, em plena crise pandémica, apelando a um governo de "alto nível".

Giuseppe Conte, ex primeiro-ministro, fracassou na tentativa de viabilizar um executivo que poderia significar o regresso ao poder da coligação cessante do Partido democrata, de centro esquerda, do Movimento 5 Estrelas, dado como anti-sistema, e do partido Itália Viva, de Matteo Renzi.

Este, ex chefe do governo italiano, provocou recentemente o colapso do governo ao retirar-lhe o apoio da sua pequena formação política.

Draghi prometeu empenho para viabilizar o seu executivo num momento de grandes dificuldades para a Itália.

"Agradeço ao presidente da república pela confiança que me atribuíu ao encarregar-me de formar um novo governo.

É um momento difícil: o presidente lembrou a dramática crise sanitária e os seus graves efeitos sobre a vida das pessoas, a economia e a sociedade.

A emergência do momento requer respostas à altura das necessidades.

É com esta esperança e este empenho que respondo de forma positiva ao apelo do presidente da república.

Vencer a pandemia, completar a campanha vacinal, oferecer respostas aos problemas diários dos cidadãos, relançar o país são os desafios com que nos confrontamos."

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Mario Draghi, ex líder do Banco central europeu