Portugal: morte de ucraniano no Aeroporto chega ao Parlamento

O ministro português da Administração Interna, Eduardo Cabrita, foi ouvido no Parlamento nesta terça-feira pela Comissão de Assuntos Constitucionais. Em causa está a morte em Março passado de um cidadão ucraniano no Aeroporto de Lisboa, o caso já levou na semana passada à demissão da directora do Serviço de estrangeiros e fronteiras, Cristina Gatões.

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, à chegada para a sua audição sobre a morte de um cidadão ucraniano que se encontrava à guarda do SEF-Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, no espaço equiparado a Centro de Instalação temporária do Aeroporto de Lisboa, na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, Assembleia da República, em Lisboa, 15 de dezembro de 2020. MÁRIO CRUZ/LUSA LUSA - MÁRIO CRUZ

Em Portugal a directora do Serviço de estrangeiros e fronteiras (SEF) Cristina Gatões acabou por se demitir na semana passada na sequência da morte por espancamento no aeroporto de Lisboa em Março transacto de um cidadão ucraniano.

3 inspectores vão a julgamento a 20 de Janeiro por homicídio qualificado de Ihor Homenyuk, na sequência do respectivo espancamento. 

Num caso em que têm sido muitas as vozes a pedir a responsabilização de Eduardo Cabrita.

O ministro da administração interna descarta demitir-se e foi ouvido nesta terça-feira pela Comissão de assuntos constitucionais da Assembleia da República.

O ministro dos negócios estrangeiros, Augusto Santos Silva, descartou à agência Lusa qualquer responsabilidade do seu colega da administração interna, Eduardo Cabrita, embora admitindo que este caso é um "rombo" que se tem de superar.

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Augusto Santos Silva, ministro português dos negócios estrangeiros à Agência Lusa, 15/12/2020

Um cenário também ventilado nos últimos dias prende-se com a possível fusão entre o SEF e a Polícia de Segurança Pública, mas o ministro da área até ao momento não veio a confirmar esse desfecho.