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Etiópia/política

Operação militar etíope contra dissidência na província do Tigre

O  exército  etíope leva  a cabo   uma  operação contra  a  dissidência  na  província  do Tigre, no norte  da  Etiópia. Segundo  o  Primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed , a  acção  visa  “objectivos  limitados”. Os  dirigentes  da província do Tigre  acusam o governo central de Addis Abeba , de encetar uma guerra contra a  região. Abiy Ahmed afirma  que a operação militar visa  estabelecer o Estado de direito,perante a postura do partido Frente de Libertação dos Povos do Tigre (TPLF).

 Abiy Ahmed, Primeiro-ministro da Etiópia   afirmou  na  sexta-feira 06 de Novembro  de 2020,  que a operação militar em andamento na província do Tigre tem como  objectivo restabelecer o Estado de direito no seu  país.
Abiy Ahmed, Primeiro-ministro da Etiópia afirmou na sexta-feira 06 de Novembro de 2020, que a operação militar em andamento na província do Tigre tem como objectivo restabelecer o Estado de direito no seu país. AFP
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Recorrendo  à  uma  retórica  menos  guerreira do que  na  quarta-feira, o  chefe  do governo  da  Etiópia, Abiy Ahmed ,  prémio Nobel da  paz em 2018,  afirmou que  as  operações militares em andamento, na província setentrional do seu país tem objectivos claros limitados, assim  como viáveis.

De acordo   com  Ahmed,entre  os  objectivos,  estão o restabelecimento do Estado de Direito e a ordem constitucional, bem como proteger o direito  dos etíopes a viverem pacificamente, aonde quer que seja no país .

Abiy Ahmed denunciou  o  que ele  qualifica de orgulho desmedido e  intransigência  criminosa ,  dos  dirigentes  da Frente de Libertação dos Povos  do Tigre (TPLF).

A TPLF, que dominou o poder na Etiópia durante 30  anos, é acusada pelo Primeiro-ministro Abiy Ahmed de sabotar  os esforços do governo  central de Addis Abeba,  para  resolver  pacificamente  o seu diferendo  com  as autoridades da  região do Tigre.

Nenhuma  informação oficial  foi comunicada pelo executivo  sobre a  actual operação dos militares etíopes no Tigre, cujas redes de internet e telefónica foram cortadas.

Segundo fontes de diplomáticas, a accção militar decorria nos sectores  que ligam o Tigre à região fronteiriça  de Amhara.

As  citadas  fontes  assinalaram  combates intensos e tiros de artilharia, na  estrada  que conduz  à Humera,  nos confins  do Sudão e  da Eritreia.

O  presidente  da região do Tigre, Debretsion Gebremichael, declarou na quinta-feira  que o governo de Addis Abeba, tinha iniciado uma guerra e uma invasão contra o Tigre.

A  Frente de Libertação dos Povos do Tigre acusa  o Primeiro-ministro, Abiy Ahmed,  de  ter marginalizado a minoria do Tigre (6% da população), no seio da coligação no poder, que desde então  a  abandonou  posicionando-se  de facto na oposição.      

A  Onu por intermédio do seu Secretário-geral, António Guterres,  expressou o  receio sobre o perigo, que o conflito no Tigre faz pairar sobre a estabilidade da Etiópia e o conjunto do Corno  da África.

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Operação militar etíope contra dissidência na província do Tigre

       

 

 

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