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#Açores/eleições

Termina campanha para eleições de domingo nos Açores

A campanha eleitoral para as eleições regionais nos Açores termina esta sexta-feira. Oposição quer acabar com maioria absoluta do PS.  Treze forças políticas disputam, no domingo, os 57 lugares do hemiciclo regional.

Lagoa das Sete Cidades, São Miguel, Açores. 23 de Fevereiro de 2018.
Lagoa das Sete Cidades, São Miguel, Açores. 23 de Fevereiro de 2018. AFP - PATRICIA DE MELO MOREIRA
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Em tempos de pandemia, a campanha eleitoral nos Açores foi mais contida e foram escassos os almoços, jantares e arruadas. Esta foi a primeira campanha eleitoral em período de covid-19 e é descrita, pela agência Lusa, como uma espécie de “tubo de ensaio” para as presidenciais de Janeiro e, eventualmente, as autárquicas de 2021.

Ainda assim, a campanha contou com líderes nacionais, como Catarina Martins (BE), Jerónimo de Sousa (PCP), Francisco Rodrigues dos Santos (CDS-PP), André Silva (PAN), João Cotrim Figueiredo (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega) e Gonçalo da Câmara Pereira (PPM). Rui Rio (PSD) esteve nos Açores nas vésperas do arranque oficial da campanha e o secretário-geral do PS, António Costa, não marcou presença na região autónoma.

A campanha assentou no apelo ao voto dos partidos da oposição para o fim da maioria absoluta do PS, enquanto os socialistas reclamaram ser o referencial de estabilidade.

O Partido Socialista governa a região há 24 anos, tendo sido antecedido pelo Partido Social Democrata, que liderou o executivo regional entre 1976 e 1996.

O socialista Vasco Cordeiro, que se recandidata a um terceiro e último mandato, defendeu que o voto no partido é o que garante um "rumo firme, sério e experiente" para a região na superação da "tormenta" provocada pela pandemia de covid-19.

"A pior coisa que pode acontecer é ter três ou quatro que querem agarrar no leme" e rumar em diferentes sentidos, disse Vasco Cordeiro no final da campanha, em alusão aos partidos da oposição.

A eventual perda da maioria absoluta socialista foi tema recorrente dos partidos da oposição. O líder nacional do PSD, Rui Rio, disse que isso poderia ser visto como uma "meia vitória". O presidente do PSD/Açores, José Manuel Bolieiro, defendeu o seu projecto como "uma verdadeira alternativa” à governação socialista.

O coordenador do BE, António Lima, atacou recorrentemente o PS de Vasco Cordeiro, alegando que este não tem ideias e tem como programa apenas “manter-se no poder”.

O coordenador regional comunista, Marco Varela, pediu “mais votos e mais mandatos” para a CDU nas legislativas - a coligação que junta PCP e Os Verdes.

 

Como funcionam estas eleições?

Nestas eleições, existe um círculo por cada uma das nove ilhas e um círculo regional de compensação, reunindo este os votos que não forem aproveitados para a eleição de parlamentares nos círculos de ilha.

São Miguel, a maior ilha do arquipélago, elege 20 deputados; a Terceira elege 10 deputados; o Pico e Faial elegem quatro parlamentares; São Jorge, Santa Maria, Graciosa e Flores elegem três; o Corvo elege dois. Pelo círculo regional de compensação são atribuídos cinco mandatos.

As seis forças políticas que têm actualmente assento parlamentar (PS, PSD, CDS-PP, BE, CDU e PPM) concorrem por todos os círculos. PAN, MPT, Aliança, Livre, Chega, Iniciativa Liberal e PCTP/MRPP também se apresentam a votos.

Para votar, estão inscritos 228.999 eleitores e já foi possível o voto antecipado, algo que até agora só era permitido nas eleições presidenciais, legislativas nacionais e europeias.

Em 2016, o PS venceu com 46,4% dos votos, (30 mandatos no parlamento regional), contra 30,89% do PSD (19 mandatos), 7,1% do CDS-PP (4 mandatos), 3,6% do BE (2 mandatos), 2,6% da coligação PCP/PEV (um mandato) e 0,93% do PPM (um mandato).

 

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