Decapitação de professor por islamista desencadeia apelos à união em França
Um dia depois da decapitação de um professor, que tinha mostrado as caricaturas de Maomé aos seus alunos, os habitantes da cidade de Conflans-Sainte-Honorine,nos subúrbios oeste de Paris, estão em estado de choque e vários apelos a combater o islamismo radical em França, foram lançados por figuras da classe política. Nove indivíduos estão sob custódia policial no âmbito do inquérito sobre o acto terrorista ocorrido na sexta-feira.
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Segundo Laurent Brosse, presidente da Câmara Municipal de Conflans-Sainte-Honorine, a sua cidade é um lugar onde a delinquência é praticamente inexistente e os seus habitantes unidos conseguirão superar o choque provocado pelo assassínio do professor Samuel Paty, docente no colégio Bois de l'Aulne.
O antigo Primeiro-ministro socialista, Bernard Cazeneuve, apelou estre sábado a combater o islalismo, uma ideologia que, segundo ele, corrói por dentro o islão de França. Cazeneuve considerou que o islamismo é a perversão de uma religião por um pequeno número de indivíduos.
Por seu lado, o líder do partido " A França Insubmissa" (La France Insoumise) Jean-Luc Mélenchon, achou anormal que um acto de semelhante violência se tenha registado sem que ninguém tenha detectado antes sinais de radicalização do autor do crime. Mélenchon apelou a unidade do país e afirmou que o objectivo dos islamistas é dividir os franceses.
O autor do assassínio, morto posteriormente pela polícia por ter recusado render-se, é um jovem muçulmano russo de origem chechena, de 18 anos, nascido em Moscovo.
No âmbito da investigação sobre o acto terrorista cometido em Conflans-Sainte-Honorine, nove pessoas suspeitas de cumplicidade estão sob custódia policial.
À semelhança de outras personalidades políticas francesas, o insubmisso Jean-Luc Mélenchon lançou um apelo para que neste domingo tenham lugar às 15 horas(hora francesa), em todas as praças da República de França, manifestações para condenar o acto terrorista, de que foi vítima o professor de história e geografia, Samuel Party de 46 anos, assassinado por ter mostrado as caricaturas do profeta Maomé no decurso de uma aula.
A presidência da República francesa anunciou que uma homenagem nacional será prestada à Samuel Paty,dentro dos próximos dias.
Após decapitação de professor por islamista registam-se apelos à união em França 17 10 2020
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