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Covid-19

OMS opõe-se à imunidade de grupo

A Organização Mundial da Saúde desaconselha a estratégia de deixar circular novo coronavírus para se atingir a chamada "imunidade de grupo", considerando que coloca "problemas científicos e éticos".


OMS opõe-se à imunidade de grupo
OMS opõe-se à imunidade de grupo Organización Mundial de la Salud/AFP
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Para a Organização Mundial da Saúde a livre circulação do Covid-19 não é a melhor solução para se conseguir a imunidade de grupo.

“Jamais, na história da saúde pública, a imunidade colectiva foi utilizada como estratégia para responder a uma epidemia, muito menos a uma pandemia. É um problema ético e cientifico”, declarou o director geral da OMS, numa conferencia de imprensa em Genebra.

Tedros Adhanom Ghebreyesus insistiu que deixar o vírus,que provoca a covid-19, sem controlo "significaria infecções desnecessárias, sofrimento desnecessário e mortes desnecessárias".

Covid é mais letal que a gripe

A pandemia do novo coronovirus já fez mais de um milhão de mortos no mundo, desde o início da doença na China, em Dezembro de 2019. Segundo a OMS, que cita diversos estudos epidemiológicos, a taxa de mortalidade ronda os 0,6%.

“Verificamos um forte aumento da taxa de mortalidade associada à idade, no geral ronda os 0,6%", anunciou Maria Van Kerkhove. A responsável pela gestão do Covid-19 na OMS acrescentou ainda que “pode parecer pouco, mas é muito mais elevado do que a gripe”.

O director-geral da OMS alertou para o facto de estudos de prevalência mostram que na maioria dos países 10% da população já foi infectada com o novo coronavírus.

Proteger os mais vulneráveis

Tedros Adhanom Ghebreyesus explicou igualmente que o mundo não tem conhecimento suficiente sobre a imunidade das pessoas que contraíram a Covid-19, sublinhado que várias pessoas voltaram a ser infectadas.

Por outro lado, combater a pandemia "não é uma escolha entre deixar o vírus à solta ou fechar um país", referiu.

Proteger os mais vulneráveis, evitar concentrações que amplifiquem os contágios são medidas de saúde pública que a OMS continua a defender.

Quarenta vacinas em ensaios clínicos

Até ao momento nenhuma vacina contra a Covid-19 foi aprovada, mas várias empresas farmacêuticas lançaram testes clínicos.

“Existem cerca de 40 vacinas candidatas actualmente em ensaios clínicos, sendo que 10 delas estão na fase III, ou seja, fase final, o que nos permitirá conhecer a sua eficácia e segurança", disse aos jornalistas a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan.

A médica considera que algumas empresas farmacêuticas podem ter "dados suficientes" para submeter aos reguladores uma vacina "já em Dezembro". “Esperamos que uma série de testes comecem a fornecer dados no início de 2021”.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de um milhão e setenta e sete mil mortos e mais de 37,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo.

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