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Vaticano/Direito

Cardeal italiano demitido de Vaticano por suspeitas de desvio de fundos

O italiano Angelo Becciu, tido a data como um dos cardeais mais influentes  do Vaticno, foi obrigado a renunciar  ao seu  cargo, devido à suspeitas de envolvimento  num  escândalo imobiliário.  Becciu que demitiu-se das suas  funções na Santa Sé,  decisão que foi aceitada pelo papa Francisco. O clérigo itaiano é suspeitado de estar  implicado num desvio de fundos.       

Acusado  de desvio de  fundos, o cardial italiano Giovanni Angelo Becciu foi demitido das suas funções no Vaticano,
Acusado de desvio de fundos, o cardial italiano Giovanni Angelo Becciu foi demitido das suas funções no Vaticano, AFP/Archivos
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O  Sumo Pontífice aceitou a  renúncia do cardeal Giovanni Angelo Becciu ao cargo de Comissário da Congregação das Causas dos Santos, assim como aos seus direitos como cardeal.

Becciu declarou  estar perturbado pela situação, mas que ele é inocente. O agora ex-cardeal afirmou ter sido obrigado a renunciar pelo papa Francisco e pediu ao chefe de Estado do Vaticano que lhe desse a oportunidade para se defender.

Segundo o diário do Vaticano Il Messaggero, o papa Francisco disse à Angelo Becciu que o apreciava muito, mas que lamentava não poder tomar outra decisão.

O nome do cardeal italiano tinha sido citado várias vezes no âmbito de uma  investigação explosiva, iniciada  em 2019, sobre obscuras  montagens financeiras destinadas a comprar um imóvel no elegante bairro  londrino  de Chelsea.

A transação teria começado em 2014, quando o Monsenhor Becciu exercia funções na Secretaria de Estado, administração central da Santa Sé, responsável pelas decisões em matéria de investimentos.

Giovanni Angelo Becciu defendeu, no início de 2020, a aquisição do imóvel em Chelsea.

Segundo revelações da revista italiana Espresso,  o cardinal Becciu teria canalizado, por várias vezes, centenas de milhares de euros do episcopado italiano e da Santa Sé para uma cooperativa na Sardenha gerida por um dos seus  irmãos.

O inquérito  judicial, parcialmente  divulgado pelo diário italiano La Repubblica,  afirma que  o prelado também  favoreceu finaceiramente dois outros irmãos, durante a sua carreira.

De acordo com a investigação, as somas desviadas pelo cardeal eram reinvestidas  pela sua família  em actividades financeiras, designadamente em fundos offshore.  

No âmbito do  actual  inquérito, cinco funcionários da Secretaria de Estado estão na mira da justiça da Santa Sé.

Envolvido igualmente no escândalo financeiro, um empresário italiano tinha sido preso, em Junho último, sob suspeitas de extorsão de fundos em relação à Santa Sé, no quadro da atrás referida compra do imóvel, no bairro de Chelsea em Londres. 

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Cardeal demite-se após ser acusado de desvio de fundos

          

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