Bielorússia: Lukachenko investido para um 6° mandato apesar da contestação
Alexandre Lukachenko foi investido hoje para um sexto mandato durante uma cerimónia de investidura confidencial e sem anúncio prévio repudiada pela oposição que hoje apelou à desobediência civil.
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Durante uma cerimónia qualificada por opositores de "encontro de ladrões", aos 66 anos, o presidente reeleito em condições contestadas, prestou juramento pela sexta vez consecutiva. Ao encetar oficialmente um novo mandato de 5 anos, o presidente bielorrusso colocou com sua prioridade a segurança perante um contexto de crise mundial e prometeu "servir a população da Bielorrússia, de respeitar e de salvaguardar os direitos e liberdades do homem e do cidadão".
No poder desde 1994, o líder bielorrusso tem sido frequentemente acusado de violar os direitos homem no seu país. Nestas últimas semanas, com a contestação a descer à rua, foram denunciadas derrapagens cometidas pelas autoridades do seu país. De acordo com a ONU, mais de 10 mil pessoas foram abusivamente detidas, há 500 casos de tortura referenciados e milhares de pessoas terão sido "violentamente espancadas".
Ainda hoje, em Minsk, a capital, uma manifestação contra a sua investidura foi reprimida com a utilização de canhões de água e foram detidas dezenas de pessoas. A ONG de defesa dos direitos humanos Viasna recenseou pelo menos 33 interpelações.
Apesar de a contestação ter largamente ultrapassado as fronteiras do seu país, com países como a lituânia e a Alemanha a colocarem abertamente a sua legitimidade em questão, o presidente da Bielorrússia tem beneficiado até agora do apoio de Vladimir Putin, o presidente russo tendo anunciado na semana passada que iria conceder um empréstimo de mil milhões e meio de dólares ao país.
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