Tensão entre União Europeia e Reino Unido nas negociações pós-Brexit
Em Londres, a União Europeia e o Reino Unido iniciaram a oitava ronda de negociações sobre a relação no pós-Brexit, com o cenário de falta de acordo cada vez mais próximo. O Primeiro-ministro Boris Johnson alertou que pode deixar as negociaçoes a meio de Outubro se nao houver compromisso até lá. Em declarações à rádio nacional de França ( France Inter) o chefe das negociações,com o Reino Unido, por parte da União Europeia, Michel Barnier realçou que Bruxelas não cederá a pressão do governo de Londres.
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A Grã-Bretanha tenciona modificar alguns pontos essenciais incluídos no acordo de saída do Reino Unido da União Europeia.
Segundo os analistas, a tentativa do governo de Londres destinada a voltar atrás sobre os compromissos assumidos no acordo do Brexit, poderia ter um impacto negativo sobre a reputação internacional do Reino Unido.
As instâncias europeias, em Bruxelas, reagiram perante a notícia segundo a qual, o Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson deseja implementar uma nova legislação, que acabaria por anular pontos do Acordo de Saída (Withdrawal Agreement), da União Europeia, assinado em 2019 entre Londres e os restantes vinte e sete membros do bloco europeu.
O jornal Financial Times, noticiou que o projecto de lei do governo de Johnson, a ser apresentado esta semana ao Parlamento britânico, ignora os compromissos assumidos com a União Europeia, no que toca à questão aduaneira relacionada com a província da Irlanda do norte, assim como a cláusula sobre as ajudas públicas .
De acordo com o protocolo rubricado o ano passado entre britânicos e europeus,o citado território na ilha da Irlanda, única fronteira terrestre com a União Europeia, deverá aplicar as mesmas regras alfandegárias que o bloco europeu, para garantir a livre circulação entre a província britânica e a República da Irlanda.
O negociador-chefe europeu, Michel Barnier, afirmou numa entrevista concedida à France Inter, rádio nacional de França, sublinhou que o acordo de saída, assinado em 2019 com o Reino Unido, deve ser integralmente respeitado e que a Comissão de Bruxelas não cederá a pressão de Londres.
Juristas especializados em acordos internacionais chamaram a atenção para o risco da nova legislação britânica provocar o colapso da oitava e última ronda de negociações entre as duas partes, bem como afectar a reputação da Grã-Bretanha na cena internacional.
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