Na Bielorrússia Loukachencko caminha para um sexto mandato presidencial.
Os eleitores da Bielorrússia foram este domingo às mesas de voto para eleger o seu novo presidente, numa disputa marcada por mais uma candidatura do chefe de Estado cessante Alexandre Loukachenko e a opositora Svetlana Tikhanouskaïa, cujo objectivo era pôr um termo aos vinte e seis anos de poder do controverso Loukachenko. As últimas estimativas apontam para uma vitória de Loukachenko.
Publicado a:
Alexandre Loukachenko, que denunciou recentemente a ingerência da Rússia e da Polónia no processo eleitoral, está à caminho de um sexto mandato presidencial, que lhe vai permitir conservar o poder na ex-república soviética, que ele lidera desde 1994.
O seu principal adversário era a opositora Svetlana Tikanouskaïa, antiga professora de inglês, cujo marido e blogger Sergueï Tikanouski era inicialmente o rival de Loukachenko, mas que foi detido pelas autoridades bielorrussas no passado mês de Maio.
Substituta de facto do seu marido à corrida presidencial, Tikanouskaïa, revelou-se não obstante uma surpresa ao atrair multidões e unir outros líderes da oposição ,no decurso da sua campanha.
Todavia, Loukachenko de 65 anos, criticado por organizações de direitos humanos e suspeitado por instituições europeias como a União Europeia e a OSCE ( Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa) de não garantir as condições de uma eleição transparente, está praticamente seguro de obter um novo mandato.
Aos inquietos que se preocupam com a sua gestão na Bielorrússia, Loukachenko responde que os mesmos devem antes preocuparem-se com a falta de democracia nos Estados Unidos e na Rússia.
Pela a primeira vez desde 2001, as autoridades de Minsk não convidaram observadores da OSCE a estar presente no escrutínio eleitoral.
Os analistas ocidentais consideram que depois de uma nova vitória na eleição deste domingo, Alexandre Loukachenko, poderá adoptar uma postura mais autoritária em relação aos seus opositores.
As últimas estimativas oficiais feitas à boca de urna apontam para uma liderança do presidente cessante Alexandre Loukachenko com 79,7% dos votos. Sevtlana Tikanouskaïa, candidata rival, estaria na segunda posição com 6,8% dos votos.
A maioria das mesas de votos encerraram as 17 horas GMT, o que leva a crer na vitória de Loukachenko, num escrutínio que segundo a Comissão Eleitoral, chefiada por Lidia Ermochina, registou uma taxa de participação dos eleitores, superior a 79%.
Um ambiente de tensão caracterizou a eleição presidencial da Bielorrússia, como o confirmou a forte presença da polícia e de forças especiais, nas ruas da capital Minsk.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro