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Bielorrússia/Política

Na Bielorrússia Loukachencko caminha para um sexto mandato presidencial.

Os eleitores da Bielorrússia  foram  este  domingo às  mesas de voto para eleger o seu novo presidente, numa  disputa marcada por mais uma candidatura do chefe de Estado cessante  Alexandre Loukachenko e a opositora Svetlana Tikhanouskaïa, cujo  objectivo era  pôr um termo  aos  vinte  e seis anos de poder do  controverso  Loukachenko. As últimas estimativas apontam para uma vitória de Loukachenko.

O Presidente cessante da Bielorrússia, Alexandre Loukachenko, poderá ser  confirmado para um sexto mandato,depois da eleição presidencial  de domingo , 09 de Agosto 2020.
O Presidente cessante da Bielorrússia, Alexandre Loukachenko, poderá ser confirmado para um sexto mandato,depois da eleição presidencial de domingo , 09 de Agosto 2020. REUTERS/Remo Casilli
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Alexandre  Loukachenko, que denunciou recentemente a ingerência da Rússia e da Polónia no  processo eleitoral,   está à  caminho de um sexto mandato presidencial,  que lhe vai permitir conservar o poder na ex-república soviética, que ele  lidera  desde  1994.

O seu principal adversário  era   a opositora Svetlana Tikanouskaïa, antiga professora  de inglês, cujo  marido e  blogger Sergueï Tikanouski era  inicialmente o rival de Loukachenko, mas que  foi  detido pelas  autoridades bielorrussas no  passado mês  de Maio.  

Substituta de facto do seu marido à corrida presidencial, Tikanouskaïa,  revelou-se não obstante uma surpresa ao atrair multidões e  unir  outros líderes da oposição ,no decurso da sua campanha.

Todavia, Loukachenko de 65 anos, criticado por  organizações de direitos humanos e suspeitado por  instituições europeias  como a União Europeia e a OSCE ( Organização  para a Segurança e a Cooperação na Europa) de não garantir as condições de uma eleição transparente, está praticamente seguro de obter um novo  mandato.

Aos inquietos que se preocupam com a  sua gestão na Bielorrússia, Loukachenko responde que os mesmos devem antes preocuparem-se com a falta de democracia nos Estados Unidos e na Rússia.

Pela a primeira vez desde  2001, as autoridades de Minsk não convidaram  observadores da OSCE a estar presente no  escrutínio eleitoral.

Os analistas ocidentais consideram que depois de uma nova vitória na eleição deste  domingo, Alexandre Loukachenko, poderá adoptar uma postura mais autoritária em relação aos seus opositores.

As últimas estimativas oficiais feitas à boca de urna apontam para uma liderança do  presidente cessante Alexandre Loukachenko  com 79,7%  dos votos.  Sevtlana Tikanouskaïa, candidata rival, estaria na segunda posição com 6,8%  dos votos.

A maioria das mesas de votos encerraram as 17 horas GMT, o que leva a crer na vitória de Loukachenko, num escrutínio que segundo a Comissão Eleitoral, chefiada  por  Lidia Ermochina,  registou uma taxa de participação dos eleitores, superior a 79%.

Um ambiente de tensão caracterizou a  eleição presidencial da Bielorrússia, como o  confirmou a forte  presença da  polícia  e de forças especiais, nas ruas da capital Minsk.                   

            

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