Doadores internacionais vão ajudar Líbano, mas ira popular permanece
Depois das manifestações de sábado contra a classe política libanesa, circulam nas redes sociais mensagens afirmando que a ira popular não se acalma num dia. Apelos à novos protestos contra o governo libanês persistem, numa altura em que doadores internacionais se reunem por videoconferência, para definir um plano de ajuda ao Líbano,que atravessa uma grave crise financeira e económica.
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Após as manifestações de sábado,no centro de Beirute, contra a classe política local, durante as quais um polícia foi morto, várias dezenas de pessoas ficaram feridas e alguns ministérios foram ocupados, decorreu neste domingo um conferência internacional de doadores coordenada conjuntamente pela França e as Nações Unidas, de forma a ajudar o Líbano a superar a grave crise económica e financeira, enfrentada pelo país do Médio-Oriente.
Impulsionador do encontro de doadores realizado por videoconferência, o Presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que a comunidade internacional tem de agir rapida e eficazmente, de forma a ajudar o Líbano depois da catástrofe provocada pela explosão ocorrida na zona portuária de Beirute, no dia 4 de Agosto.
De acordo com o chefe de Estado francês, o objectivo da conferência de doadores é coordenar no terreno a ajuda que será atribuída ao Líbano, o mais eficazmente possível para que ela sirva a população libanesa.
A conferência na qual participaram também, além de Emmanuel Macron, os seus homólogos norte-americano Donald Trump e libanês Michel Aoun, o coordenador da ONU para a assistência internaciona, Mark Lowcock, representantes do Banco Mundial, Cruz Vermelha, Fundo Monetário Internacional, União Europeia, Liga Árabe, bem como líderes de países do Médio-Oriente, deve definir um pacote de ajuda financeira.
Segundo as estimativas efectuadas pelas Nações Unidas, nos próximos três meses, o Líbano terá necessidade de uma ajuda de emergência de cerca de 117 milhões de dólares.
No decurso da conferência, os líderes mundiais comprometeram-se a assegurar uma ajuda ao país sinistrado.
A União Europeia vai disponibilizar um montante de 63 milhões de euros, o Reino Unido 25 milhões de libras esterlinas, das quais vinte mihões serão afectados à ajuda alimentar para os mais vulneráveis, a Alemanha acrescenta 10 milhões de euros aos 1,5 já anunciados, a Espanha vai implementar ajuda humanitária através de medicamentos, hospitais móveis e abrigos para os libaneses privados de habitação depois da explosão ocorrida no dia 4 de Agosto e a Suíça comprometeu-se em atribuir 4 milhões de francos suíços em ajudas directas.
A Confederação Helvética já disponibilizou 500.000 francos a Cruz Vermelha libanesa,bem como enviou para o Líbano especialistas em resposta a catástrofes, engenheiros e peritos em logística.
Doadores internacionais vão ajudar Líbano, mas ira popular permanece 09 8 2020
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