Dia mundial de luta contra o trabalho infantil e riscos de mais pobreza
Segundo as Nações Unidas, um das consequências desastrosas da pandemia da Covid-19 é que pela primeira vez em vinte anos, poderá registar-se um aumento do trabalho infantil no plano mundial. Segundo a Unicef, milhões de crianças correm o risco de serem obrigadas a trabalhar perante a degradação da situação económica
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Um estudo,efectuado conjuntamente pelaOrganizaçãodas Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), revela que o número de crianças que trabalha no mundo diminuiu, mas a citada conquista está em perigo, devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus.
De acordo com o estudo, que faz referência à dados do Banco Mundial, o número de pessoas em situação de extrema pobreza deveria aumentar de 40 à 60 milhões no corrente ano, por causa da epidemia de Covid-19.
As últimas estimativas da Organização Internacional do Trabalho relativas ao período de 2012-2016, apontam que 152 milhões de crianças no mundo eram obrigadas atrabalhar e cerca de 73 milhões realizavam trabalhos perigosos.
Tanto a OIT como a UNICEF receiam que a crise decorrente da Covid-19 vai desencadear o aumento do trabalho infantil, a medida que as famílias forem confrontadas com uma situação de sobrevivência.
De acordo com a directora geral da UNICEF , Henrietta Fore, em temps de crise, o trabalho infantil torna-se um mecaismo de adaptação para numerosas famílias pobres. Fore admitiu que, o aumento da pobreza, o encerramento das escolas e a redução dos serviços de assistância social, contribuem para que um maior número de crianças seja obrigado a trabalhar.
O director geral da Organização Internacional do Trabalho, Guy Rider, sublinhou que numa altura em que a pandemia de Covid-19 degrada o rendimento das famílias, muitas delas poderão recorrer ao trabalho infantil, se não lhes for encaminhada uma ajuda.
Dia mundial de luta contra o trabalho infantil
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