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Desporto/Atletismo

Lamine Diack arrisca-se a uma longa pena de prisão por ocultar doping russo

Teve início nesta segunda-feira em Paris o julgamento do antigo presidente da Federação internacional de atletismo, Lamine Diack, suspeito de corrupção e de branqeamento de dinheiro num escândalo envolvendo o doping russo. Diack  arrisca-se  a  uma pena de prisão de 10 anos por alegadamente ter ocultado o doping de atletas  russos. 

Lamine Diack, antigo presidente da Federação Internacional de Atletismo, é julgado em Paris, por ter recebido luvas para ocultar o doping de atletas russos entre 2012 e 2013.
Lamine Diack, antigo presidente da Federação Internacional de Atletismo, é julgado em Paris, por ter recebido luvas para ocultar o doping de atletas russos entre 2012 e 2013. AFP/File
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Segundo os  analistas, o julgamento iniciado na segunda-feira em Paris, no qual está  envolvido o antigo presidente da Federação Intern acional de Atletismo, Lamine Diack, poderá revelar a face oculta do "desporto business",  com em pano de  fundo o doping  de atletas russos.

Indiciado no mesmo caso, o francês Gabriel Dollé, antigo chefe do sector anti-doping da Federação Internacional de Atletismo ( IAAF, na sua sigla em ingês) explicou ao tribunal, no primeiro dia  de udiência, que tinham sido necessários alguns "arranjos" de forma  a evitar um escândalo e salvaguardar os patrocínios do atletismo mundial.

Actualmente com 78 anos de idade, Dollé é acusado de corrupção passiva e suspeito de ter recebido 190.000 euros de luvas ilícitas entre 2013 e 2014.

 Gabriel Dollé, afirmou ao tribunal que Lamine Diack, principal indiciado no processo, tinha pedido para  que ele tomasse em consideração a difícil situação financeira da Federação Internacional de Atletismo.

De acordo com o ex-chefe do departamento de anti-doping da IAAF  era preciso não divulgar a lista dos atletas russos suspeitos de doping, para evitar um escândalo.

O antigo presidente do orgão máximo do atletismo mundial, o senegalês Lamine Diack, de 87 anos, realçou perante os magistrados do tribunal de Paris, o seu frágil estado de saúde.

Com problemas auditivos, Diack é acusado de distribuir e receber luvas ilícitas, de abuso de confiança e de branqueamento de dinheiro.

O procurador acusa o ex-patrão do atletismo internacional de ter recebido 1,5 milhões de dólares para finan ciar a campanha presidencial de Macky Sall em 2012, em troca da ocultação do doping de 23 atletas russos.  

 Segundo os juízes do tribunal de Paris, o objectivo da fraude era possibilitar a participação dos 23 atletas russos suspeitos de doping, nos Jogos Olímpicos de Londres em 2012 e nos mundiais de atletismo de 2013, em Moscovo. 

    

                                               

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