Manifestações em França de solidariedade com afro-americano George Floyd
No âmbito do movimento de protestos que tem ocorrido nos Estados Unidos em memória de George Floyd morto por um policia e da luta contra a violência policial e o racismo, manifestaçéoes estão previstas neste sábado em Paris. Em nome de George Floyd e também de Adama Traoré, jovem francês morto sob custódia da polícia em 2016 na regfião parisiense, os manifestantes apoiados nomeadamente pelo conhecido actor Omar Sy, tencionam, segundo eles, protestar contra o racismo prevalente na Polícia Nacional.
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Numa tribuna publicada pelo semanário L'Obs, o actor Omar Sy, lançou um apelo para que a sociedade francesa acorde e denuncie a violência policial em França caracterizada pelo racismo.
As manifestações previstas sábado, diante da embaixada dos Estados Unidos em Paris, visam não só prestar homenagem a George Floyd, mas também a protestar contra as atitudes racistas da polícia em França, onde em 2016 o jovem Adama Traoré morreu sob custódia policial, sem que as circunstâncias da sua morte tenham sido elucidadas.
O apelo de Omar Sy, ocorre numa altura em que, depois da morte do africano-americano George Floyd, emerge no plano mundial um movimento de protesto contra a violência e o racismo da polícia nos países, onde estão vigentes regimes democráticos liberais.
Em declarações à uma estação de rádio privada, a porta-voz do governo francês, Sibeth Ndiaye, afirmou que embora concorde com alguns pontos da tribuna assinada por Omar Sy, rejeita a ideia segundo a qual o racismo existe no seio da polícia francesa como um facto organizado.
Perante o receio de que possam haver distúrbios e de acordo com as directivas para prevenir a propagação do novo coronavírus, o Comando geral da Polícia de Paris, anunciou por comunicado, que as manifestações deste sábado não estão autorizadas.
A Liga de Defesa Negro-Africana, que organiza um dos protestos, afirmou através das redes sociais que a sua manifestação é pacífica e que por isso será mantida.
Os protestos de sábado decorrem igualmente com em pano de fundo a revelação, pelo portal de informação Streetpress, segundo a qual um grupo de discussão no Facebook denominado TN Rabiot Police Officiel , reservado à membros das forças da ordem franceses, propaga numerosas mensagens de carácter odioso, racistas, sexistas, homofóbicos e vulgares.
De acordo com Streetpress fazem parte do referido grupo de discussão oito mil membros.
O ministro do Interior, Christophe Castaner,solicitou ao Ministério Público de Paris a realização de um inquérito, em virtude do artigo 40 do CódigoPenal francês que estabelece que "qualquer autoridade constituída,e qualquer agente ou funcionário público, no exercício das suas funções, que tenha conhecimento de um crime, deve comunicá-lo sem demora ao Procurador da República".
Na quarta-feira, o ministro do Interior francês declarou que toda e quaquer erro, ou excesso, inclusive expressões racistas, no seio da Polícia, serão objecto de um inquérito, decisão e de sanções.
Manifestações em França de solidariedade com afro-americano morto nos Estados Unidos
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