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Itália/Covid-19/Turismo

Itália reabriu fronteiras aos turistas europeus para salvar o sector

A Itália reabriu suas fronteiras aos turistas europeus nesta quarta-feira, um mês depois da retoma gradual da actividade no país, que espera salvar a indústria do turismo, que representa 13% do PIB.

As gôndolas podem voltar a navegar nos canais de Veneza a patir desta quarta-feira 3 de junho, dia em que a Italia abriu as suas fronteiras e a circulaçõ nas 20 regiões do país.
As gôndolas podem voltar a navegar nos canais de Veneza a patir desta quarta-feira 3 de junho, dia em que a Italia abriu as suas fronteiras e a circulaçõ nas 20 regiões do país. © DR
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A Itália reabriu suas fronteiras aos turistas europeus nesta quarta-feira (3/06), um mês depois da retoma gradual da actividade no país, que espera, com a chegada do verão, salvar sua indústria do turismo, um sector essencial da sua economia, equivalente a 13% do PIB, mas que foi minado pela pandemia.

"O país vive de novo", anunciou o ministro de Assuntos Regionais, Francesco Boccia, que lembrou o "sacrifício de todos" e, em particular, dos trabalhadores do sector da saúde.

Os aeroportos de Roma, Milão e Nápoles foram abertos para voos internacionais, entre outros provenientes de Madrid, Barcelona e Nova Iorque.

As praias estão preparadas para acolher os turistas, respeitando asmedidas de distanciamento social, as gôndolas podem voltar a navegar pelos canais de Veneza, os namorados poderão imaginar que são "Romeu e Julieta" nas varandas de Verona e desde segunda-feira o Coliseu de Roma, os Museus do Vaticano, as ruinas de Pompeia,  ou a Torre de Piza, entre muitos outros, jà recebem visitantes.

O sector da hotelaria, teme no entanto que os turistas evitem viajar para Itália, um dos países da Europa mais afectados pela pandemia de Covid-19, que provocou mais de 33.500 mortos e 233.599 pessoas contaminadas pelo novo coronavírus, detectado em meados de fevereiro na região nortenha da Lombardia, onde se situou o epicentro europeu da pandemia, particualrmente na vila de Codogno.

O governo italiano também autorizou a livre-circulação entre as 20 regiões, a partir desta quarta-feira (3/06), mas continua a proibição de grandes aglomerações e a obrigação de usar máscara em locais fechados e nos transportes públicos.

Segundo as autoridades, o fluxo de combóios e de automóveis nas rodovias da península é regular.

Segurança e transparência

A crise de saúde "não acabou", alertou na terça-feira (2/06) dia do feriado nacional, o presidente da República, Sergio Mattarella, que elogiou a "união" de seu país diante do "inimigo invisível".

A Itália impôs o confinamento obrigatório no início de março e, desde então, o número de casos diminuiu regularmente, mas o país enfrenta sua pior recessão desde a Segunda Guerra Mundial e a necessidade urgente do regresso dos turistas.

O chefe da diplomacia italiana, Luigi Di Maio, que deve receber esta quarta-feira (3/06) o seu homólogo francês, Jean-Yves Le Drian, anunciou que viajará neste fim de semana para Alemanha, Eslovénia e Grécia para tentar convencê-los de que a Itália é um país seguro para os turistas.

As pessoas que chegarem a Itália provenientes da Europa não terão de se isolar, a menos que tenham viajado há menos de 14 dias para outro continente.

Restaurantes, cafés e spas abriram nas últimas duas semanas e em caso de ressurgimento da pandemia, o governo reserva-se o direito de impor um confinamento localizado.

Apenas 40 dos 1.200 hotéis de Roma abriram, segundo o diário "Corriere della Sera" na edição de segunda-feira (1/06), e apenas uma dúzia em Milão, pois os seus proprietários consideram muito caro abri-los para permanecerem vazios.

"Só temos reservas para a partir de meados de junho. Registamos muitos cancelamentos", disse à AFP a recepcionista do Hotel Central do Senado, ao lado do Panteão em Roma.

A agência nacional de turismo afirmou que cerca de 40% dos italianos passam férias regularmente no exterior, mas, este ano, podem decidir passar no país, o que ajudaria as empresas locais.

Museus, ou locais turísticos, como a Torre de Pisa, as ruínas romanas de Pompeia, ou a Galeria degli Uffizi, em Florença, abriram suas portas nos últimos dias, na expectativa do regresso de turistas estrangeiros.

Os cidadãos provenientes dos países do espaço Schengen não terão de cumprir quarentena e a Itália espera reciprocidade, já que boa parte dos países anunciou veto aos italianos.

A União Europeia analisa a 15 de junho a reabertura das fronteiras no seio do espaço Schengen.

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