Donald Trump ameaça mobilizar exército para controlar tumultos
Donald Trump aconselhou governadores a estabelecerem uma presença policial "sem precedentes" e ameaçou enviar militares para as ruas caso os responsáveis políticos não forem capazes de controlar tumultos.
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O presidente norte-americano está determinado em acabar com os protestos violentos que se têm levantado nos Estados Unidos da América na última semana, em sequência da morte do afro-americano George Floyd em Minneapolis às mãos da polícia.
Duas pessoas perderam a vida esta madrugada durante distúrbios em Cicero, Chicago. 60 pessoas foram detidas na localidade onde vivem 84 mil habitantes.
“A América precisa de justiça, não de caos”, sublinhou o Presidente norte-americano, num discurso em directo para a nação. A poucos metros, as forças policiais atiravam gás lacrimogéneo contra os manifestantes. “É por isso que vou agir e vou mobilizar todos os recursos federais disponíveis, civis e militares, para parar os protestos, roubos, e motins.”
Donald Trump recomendou aos governadores que usassem “a Guarda Nacional em números suficientes” para dominarem as ruas e que estabelecessem uma presença policial “sem precedentes até que a violência ficasse sob controlo”.
O Presidente dos EUA deixou um aviso "caos uma cidade ou estado se recusar a tomar acções necessárias para defender a vida e a propriedade de seus residentes, vou recorrer às forças armadas dos Estados Unidos e rapidamente resolverei o problema”. Donald Trump acusou “um certo número governadores estaduais e locais foram incapazes de tomar acções necessárias para assegurar a segurança em suas casas”.
“O meu principal dever é defender o país e o povo norte-americano. Jurei aplicar as leis da nação e é exactamente isso que vou fazer. Todos os norte-americanos estão revoltados com a morte brutal de George Floyd. A minha administração está totalmente comprometida em garantir justiça à família de George e mostrar que ele não morreu em vão”, afirmou.
Autópsia determina que George Floyd morreu de asfixia
A autópsia pedida pela família do norte-americano George Floyd concluiu que a morte do homem de 46 anos foi causada por “asfixia por pressão continuada” no pescoço e nas costas.
Vários vídeos da detenção de George Floyd em Minneapolis na semana passada mostram o polícia Derek Chauvin a pressionar um joelho no pescoço do afro-americano com a ajuda de outros agentes, ajoelhados nas suas costas. De acordo com a queixa criminal, Derek Chauvin teve o joelho no pescoço de George Floyd durante 8 minutos e 46 segundos até que este deixou de responder. Depois disso, manteve a mesma postura durante 2 minutos e 53 segundos.
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