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Fim do confinamento: as artérias comerciais retomaram cores em Paris

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No centro da capital, nos Campos Elísios, as artérias comerciais retomaram cores. O trânsito retomou algum ritmo, mas está longe da densidade habitual. Faltam turistas, elementos incontornáveis da paisagem do bairro turístico, mas também comercial.

O Arco do Triunfo e a Avenida dos Campos-Elíseos
O Arco do Triunfo e a Avenida dos Campos-Elíseos AFP - FRANCOIS MORI
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A França começou a levantar gradualmente as medidas de confinamento obrigatório esta segunda-feira. A primeira grande mudança é o fim da autorização de deslocação para sair de casa. 

A epidemia continua presente no país, mas os franceses recuperaram algumas liberdades para se deslocarem, apesar de muitos movimentos continuarem a ser controlados como por exemplo, para evitar a sobrecarga dos transportes públicos nas horas de ponta, os franceses precisam de uma autorização por parte do empregador.

A partir das sete da manhã, os autarcas da região parisiense levaram a cabo uma acção solidárias para distribuir máscaras aos passageiros que se deslocaram em transportes públicos. Na estação de comboio Gare du Nord que normalmente vê passar 700 mil passageiros por dia o movimento foi bem mais calmo. O uso de máscara passou a ser obrigatório a partir desta segunda-feira em qualquer transporte público.

Em duas horas foram distribuídas mais de 110 mil máscaras - dez por cada viajante - como nos explicou o vice-presidente da Câmara Municipal de Aulnay Sous Bois, Paulo Marques, do partido os Republicanos.

Paulo Marques, vice-presidente da Câmara Municipal de Aulnay Sous Bois, do partido Os Republicanos.
Paulo Marques, vice-presidente da Câmara Municipal de Aulnay Sous Bois, do partido Os Republicanos. © RFI/Lígia Anjos

Na rua Colisée, perto dos Campos Elísios, os parisienses voltaram ao trabalho de bicicleta, houve quem não perdeu tempo para voltar ao cabeleireiro.

O salão Mário Lopes abriu as portas às nove da manhã, mas a equipa reuniu antes para uma formação quanto ao atendimento ao cliente, que agora passa a ter novas formalidades como nos explica a cabeleireira Élodie Lopes.

Cabeleireira Élodie Lopes no salão Mário Lopes.
Cabeleireira Élodie Lopes no salão Mário Lopes. © RFI / Lígia Anjos

Não longe do emblemático arco do triunfo, na avenida Haussmann, encontrámos Manuela Pinto e o esposo Manuel Pinto, donos da sapataria Ypson's há 36 anos, viram as rendas dos últimos três meses perdoados. 

Manuela Pinto e Manuel Pinto, donos da sapataria Ypson's
Manuela Pinto e Manuel Pinto, donos da sapataria Ypson's © RFI / Lígia Anjos

Há 55 dias com as portas fechadas, a loja de roupa Henrique Enko não viu entrar nenhum cliente esta manhã de segunda-feira, depois de 15 meses de manifestos sociais em França, Henrique Afonso questiona-se quanto ao regresso dos clientes.

Henrique Afonso proprietário da loja Henrique Enko
Henrique Afonso proprietário da loja Henrique Enko © RFI / Lígia Anjos

O regresso ao consumo mantém-se incerto, a vida económica tenta por um lado recuperar a partir desta segunda-feira um ritmo perdido há 55 dias e por outro adaptar-se a novas medidas sanitárias. "Mantenham-se prudentes" lembrou Emmanuel Macron porque "o vírus continua presente". 

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