Brasil: Jair Bolsonaro insiste em infringir as medidas sanitárias
O Brasil é o país mais atingido pela pandemia de novo coronavírus na América Latina, com 1124 mortes e 20 747 casos confirmados. As autoridades locais tomaram medidas de isolamento mas essas regras não são obrigatórias e depois de três semanas, cada vez mais pessoas estão a circular nas ruas. Quanto ao presidente Jair Bolsonaro, foi acusado pela ONG ‘Human Rights Watch’ de sabotar as medidas para conter a transmissão da pandemia de Covid-19 no país.
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Nos últimos dias, Jair Bolsonaro foi visto repetidamente andando por comércios de Brasília, provocando aglomerações de apoiantes e jornalistas. Em umas das imagens das saídas, ele aparece esfregando o próprio nariz antes de apertar a mão de uma idosa.
Na fila de uma loja de departamentos no Rio de Janeiro, os clientes vindo comprar os ovos de Páscoa lamentam a atitude do presidente. "Ele é o líder, o líder manobra a população. A partir do momento que ele foi na loja, ele abre as portas para a população ir, e isso pode agravar", estima o jovem Ronaldo.
No domingo de Páscoa, no país inteiro, as missas foram celebradas sem público. Nessa data, os brasileiros costumam se juntar para almoçar em família, o que preocupa as autoridades de saúde porque esses encontros poderiam favorecer a propagação do novo coronavírus, que avança com cada vez mais velocidade.
Até sábado, a pandemia de Covid-19 provocou a morte de 1124 pessoas e há 20 727 casos confirmados. Os hospitais de São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza e Manaus têm estado quase todos cheios e já foram registadas as primeiras mortes em remotas comunidades indígenas da Amazónia.
Mais pormenores com o nosso correspondente, Pierre Le Duff.
Correspondência de Pierre Le Duff 12-04-2020
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