Jared Kushner apresenta plano para Médio Oriente
O assessor do Presidente norte-americano, Jared Kushner, apresenta esta quinta-feira, no Conselho de Segurança da ONU, um plano de paz para o Médio Oriente.
Publicado a:
O plano americano, supervisionado por Jared Kushner, genro e assessor de Donald Trump, está longe das resoluções adoptadas até agora pelas Nações Unidas.
A proposta do Presidente norte-americano autorizaa a anexação de partes importantes da Cisjordânia, o território palestiniano ocupado desde 1967, que inclui o estratégico Vale do Jordão.
Além disso, propõe criar uma capital de um eventual estado palestiniano em Abu Dis, um subúrbio de Jerusalém. Os palestinianos querem que Jerusalém Oriental seja a capital do Estado.
Esta quinta-feira, Washington pediu uma reunião à porta fechada do Conselho de Segurança para a apresentação e defesa do projecto defendido por Jared Kushner.
Esta semana, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou ser um "guardião" do direito internacional no conflito israelo-palestiniano.
"Estamos totalmente comprometidos com uma solução de dois Estados (...) baseada no direito internacional, nas resoluções do Conselho de Segurança e na Assembleia Geral da ONU e nas fronteiras de 1967", acrescentou.
Os palestinianos confirmaram formalmente, por meio da Tunísia e da Indonésia, dois membros não permanentes do Conselho de Segurança, o pedido de uma reunião do Conselho para terça-feira, 11 de Fevereiro, com o Presidente palestiniano, Mahmud Abbas, para manifestar a rejeicção do plano americano.
União Africana repudia plano para o Médio Oriente
Na terça-feira também o presidente da Comissão da União Africana (UA), Moussa Faki Mahamat, repudiou o plano de paz para o Médio Oriente do Presidente norte-americano, considerando que “ignorar os legítimos direitos do povo palestiniano” representa “uma grave violação dos direitos fundamentais”.
“O recente plano americano-israelita, conhecido como de acordo do século, foi elaborado sem nenhuma consulta com os representantes legítimos do povo palestiniano”, considerou Moussa Faki Mahamat, num comunicado divulgado esta terça-feira.
A UA transmitiu a sua “grande preocupação” em relação a este novo plano, apresentado na semana passada em Washington e que é considerado favorável aos interesses de Israel.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro